Shein menos competitiva? Diferença de preços entre chinesa e varejo brasileiro recua, diz BTG

Mesmo com preços mais vantajosos do que suas concorrentes no mercado brasileiro, os produtos da varejista chinesa Shein ficaram mais caros e com menores vantagens frente às empresas brasileiras do setor, segundo uma pesquisa do BTG Pactual (BPAC11).

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A partir de oito produtos da Shein, o BTG mostrou que os itens comercializados aqui no Brasil são 29% mais caros do que nos Estados Unidos, ou 157% considerando o poder de paridade de compra entre estadunidenses e brasileiros, sendo a cesta brasileira uma das mais caras entre as 15 operações da varejista chinesa em todo o mundo.

De acordo com o BTG, em 2022, a estimativa é de que a Shein tenha vendido R$ 7 bilhões em produtos no Brasil, contra R$ 2 bilhões em 2021. No período, a Renner teve vendas líquidas de R$ 11,5 bilhões, por exemplo.

Comparação da Shein com as varejistas brasileiras

Na mesma pesquisa, o BTG revelou que os produtos da Shein são 26% mais baratos do que os da Lojas Renner (LREN3), 22% mais vantajosos do que os da Riachuelo, controlada pela Guararapes (GUAR3) e com preços 17% menores em relação à C&A (CEAB3).

Assim, comparando os resultados com a pesquisa do BTG de abril, a diferença de preços entre a Shein e outros players locais diminuiu.

“Movimentos recentes da Shein de expandir o fornecimento local (embora o ritmo desta estratégia seja incerto) deve diversificar a sua produção, melhorar os níveis de serviço e alavancar o já elevado envolvimento e tráfego orgânico em sua plataforma (com maior duração de visita e páginas por visita do que pares)”, destacam os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima.

No entanto, diz o relatório, com um eventual aumento da tributação, a Shein deve competir nas mesmas ou mais próximas condições que os produtores locais, o que poderá levar a preços mais elevados e desafios semelhantes na expansão da capacidade de produção local.

Apesar disso, o BTG acredita que a rapidez de colocação no mercado, além da poderosa abordagem de venda social, continuam sendo uma enorme força da Shein em um mercado altamente competitivo.

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Com 200 toneladas de produtos, Shein pretende acelerar entregas via São Paulo

A e-commerce Shein, após aderir ao programa Remessa Conforme para regularização da taxação de compras online, começou a receber os primeiros produto importados. O volume, entretanto, assusta: cerca de 200 toneladas em mercadorias entraram no país em apenas três dias (de 23 a 25 de setembro).

Segundo a Shein, as mercadorias primeiramente passaram pelo processamento dos Correios no aeroporto de Guarulhos (GRU). Depois, foram encaminhadas para o Centro Internacional dos Correios (CEINT), no bairro do Jaguaré, na cidade de São Paulo. Lá, passaram pelo devido tratamento e controle aduaneiro das cargas, executado pela Receita Federal.

“A expectativa é que grande parte da carga da Shein passe a ser fiscalizada em São Paulo, sem necessidade de transporte até Curitiba, um dos maiores terminais alfandegários da Receita Federal, permitindo que objetos cheguem mais rápido para o cliente final”, informou a empresa.

Após ser liberada pelo Remessa Conforme, a Shein iniciou na semana passada a venda de itens importados de até US$ 50 sem a cobrança dos impostos de importação.

Além da certificação emitida pela Receita Federal, a Shein também se comprometeu a subsidiar integralmente o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sob os produtos com valores abaixo de US$ 50.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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