Shein atropela Magazine Luiza (MGLU3), Renner (LREN3) e Riachuelo (GUAR3) no digital

Uma das marcas queridinhas do momento para os fãs de moda, a gigante chinesa Shein conseguiu atropelar o resultado de varejistas como Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Renner (LREN3) e Riachuelo (GUAR3) no digital. De acordo com dados divulgados nesta segunda (6), o aplicativo movimentou R$ 7,1 bilhões em 2022 em suas operações online.

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Segundo uma pesquisa feita pela Aster Capital, após a Shein, aparece o Mercado Livre (MELI34), com R$ 6,5 bilhões nessas movimentações. O Magazine Luiza fica em terceiro lugar no ranking, com R$ 3 bilhões, seguido pela Dafiti (R$ 2,5 bilhões) e pela Shopee (R$ 2,1 bilhões).

Enquanto isso, varejistas tradicionais do setor de moda aparecem longe do “fenômeno” Shein. Confira:

  • Lojas Renner: R$ 1,5 bilhão;
  • Soma (SOMA3): R$ 1,2 bilhão;
  • Arezzo (ARZZ3): R$ 1 bilhão;
  • Riachuelo/Guararapes: R$ 619 milhões;
  • C&A (CEAB3): R$ 511 milhões.

“Empresas como Renner, Guararapes e C&A têm um desafio pela frente por causa da situação de crédito e da Shein, que atende um público semelhante e tem uma força assustadora”, explica Rodrigo Nasser, sócio e managing partner da Aster Capital, em entrevista ao NeoFeed.

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O estudo feito pela Aster considerou dados oficiais do balanço de empresas abertas e, quando essas informações não estavam disponíveis, foram feitas estimativas com base em entrevistas com funcionários e consultas às companhias.

Nasser ressalta que o Mercado Livre corre por fora e não é visto, à primeira vista, como um competidor pelas empresas de varejo. “Mas ele tem uma quantidade de sellers tão grande que em qualquer vertical é importante”, ressalta o especialista.

O integrante da Asper também aponta que o Grupo Soma pode sofrer com a Shein com a exposição da Hering ao público da classe C. Contudo, a Arezzo deve passar ilesa desse fenômeno, tendo em vista que foca nos consumidores de alta renda.

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Magazine Luiza e varejo terão ano da virada em 2023?

Após sofrer com a pandemia da Covid-19 e ver suas ações derreterem na Bolsa de Valores ao longo de 2022, as empresas do varejo esperam por dias melhores em 2023. Contudo, na visão dos analistas, o próximo ano não será nada fácil para o setor. Inflação sem trégua, juros altos e incertezas políticas aparecem como alguns dos vilões de empresas como Magazine Luiza e Via (VIIA3).

“As perspectivas, ao menos por enquanto, são bem ruins para o varejo, por causa da taxa de juros. Antes, o mercado precificava uma queda da taxa de juros pela frente e, agora, já começa a ver uma manutenção ou até uma alta”, destaca Vitorio Galindo, head de análise fundamentalista da Quantzed, em entrevista ao Suno Notícias.

Com os juros nas alturas, o custo das dívidas dessas empresas fica muito alto. “As margens do varejo são muito apertadas. É difícil olhar para o varejo, no geral, e achar que as perspectivas são boas ou que as ações vão perfomar bem. Para acontecer isso, algo tem que mudar”, analisa. Além disso, empresas como a Shein e a Shopee deixam o cenário ainda mais acirrado.

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Erick Matheus Nery

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