O empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como o ‘Sheik dos Bitcoins‘, terá que pagar pelas custas do processo que deu entrada para recuperação judicial de seu grupo. A decisão foi da juíza Luciane Pereira Ramos, da 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba, que negou o pedido de gratuidade de Justiça do empresário.
Investigado por suspeitas de montar uma pirâmide financeira milionária, o Sheik havia alegado “presunção de miserabilidade”. Ao rejeitar o pedido, a juíza alegou que “enfrentar crise econômica e ser parte ré em inúmeras ações e execuções não significa a incapacidade de pagar as custas e encargos devidos nesta demanda e na futura recuperação judicial”. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.
O empresário consta como dono de mais de 130 empresas e já foi sócio do pastor Silas Malafaia em uma loja digital com foco no segmento evangélico. Além disso, advogados dos clientes lesados pelo Sheik alegam que o empresário possui mansões, barcos e um jatinho, entre outros bens listados.
Além de determinar que o Sheik pague as custas judiciais do processo, a magistrada rejeitou o pedido de segredo de Justiça. Para decidir se suspenderá ou não os bloqueios judiciais contra Franscisley, a juíza determinou que ele apresente em 30 dias uma lista detalhada dos processos e os valores totais embargados.
Aluguel de criptomoedas
Francis Silva criou em 2019 a empresa de aluguel de criptomoedas Rental Coins. Nessa modalidade, o investidor aluga seu criptoativo para uma empresa especializada e recebe um valor por mês, como em um aluguel de imóveis.
Quem investiu na Rental Coins do Sheik chegou a ganhar juros mensais de 13,5%, mas desde dezembro do ano passado o empresário deixou de pagar os investidores, afetando pelo menos 9 mil clientes. Entre eles estão celebridades como Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa.