Pesquisa da Confederação Nacional da Industria (CNI) divulgada nesta sexta-feira (26) revela a queda no índice de intenção dos investimentos na indústria de construção. Entre os meses de fevereiro e março, os dados revelam que a queda foi de 34,0 para 32,8 pontos.
“A indústria da construção tem enfrentado problemas que são reflexo da baixa atividade econômica do Brasil. Com expectativas frustradas, os empresários se tornaram menos dispostos a assumir riscos, o que comprometeu os investimentos na indústria da construção”, afirma a economista da CNI, Dea Fioravante.
A escala que mede a disposição para investir, vai de 0 a 100. Quanto mais perto do zero, menor é a disposição de investimentos. O índice caiu pela terceira vez consecutiva, entretanto, o indicador permanece acima da média histórica, em 9,0 pontos.
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Outros índices
Além disso, a pesquisa abordava índices de atividade e emprego. A escala é a mesma, quando os valores são abaixo de 50 indicam uma queda no nível da atividade.
Em comparação com fevereiro, a pesquisa é otimista, pois revela uma pequena melhora em março. O índice passou de 44,3 pontos para 44,5 pontos. Já o de emprego teve um aumento de 0,08% chegando a 43,7 pontos. Entretanto, esses números ainda estão abaixo do esperado.
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A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) registrou 57% em março, o mesmo valor, de mesmo período do ano anterior. Apenas 1% a mais do registrado em fevereiro. Esse índice revela que o setor de construção está estagnado.
O índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) registrou uma queda de 3,4 pontos em abril, em comparação com março. O total registrado foi de 56,4 pontos. Esse resultado indicia que o empresário está mais inseguro em relação econômicas do setor. A queda também seu deu aos baixos índices de prospecção da economia nacional.
Indicadores de expectativa
O índice de expectativa revela um pessimismo entre os empresários que não acreditam no avanço da indústria nos próximos seis meses. Todos os indicadores demonstraram queda, entre eles:
- Nível de atividade, caiu 2,5 pontos registrando 53,6 pontos;
- novos empreendimentos, caiu 2,9 pontos registrando 53,2 pontos;
- compras de insumos e matérias primas, caiu 2,1 pontos registrando 52,4 pontos;
- número de empregados, caiu 2,4 pontos registrando 52,1 pontos.
As expectativas continuam projetadas acima da linha dos 50 pontos, o que é classificado como bom. Mas ao mesmo tempo revela, uma insegurança quanto a expectativa do setor de indústria de construção em relação aos próximos meses.
