Apesar dos esforços do governo para vender uma recuperação econômica em “V” do Brasil, para 70% dos brasileiros a economia do País está mal ou péssima. Esse é o resultado de uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mostra ainda que a maioria da população avalia que a situação piorou nos últimos seis meses.
De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados consideram a situação econômica brasileira péssima e 23% consideram ruim. Para 20%, o cenário é regular e apenas 7% enxergam um panorama bom na economia nacional.
Há ainda 1% de respostas ótimas e 1% que não souberam ou não responderam.
Os dados revelam que 49% dos brasileiros também acham que crise atual é mais grave que outros momentos delicados pelos quais o Brasil passou.
Para 31%, os problemas atuais são tão graves quanto os das últimas crises. Apenas 14% consideram o momento atual menos grave e 2% chegam a afirmar não ver gravidade na situação econômica do País no momento.
Olhando apenas para os últimos seis meses, 56% afirmam que a economia piorou, sendo que 36% consideram que “piorou muito”. Outros 21% acham que a situação permaneceu a mesma e 22% avaliam que a economia tem melhorado nesse período – sendo que 3% sentiram que “melhorou muito”.
Já o otimismo para os próximos seis meses é apenas moderado. Somente 34% dos entrevistados apostam em uma melhora da economia – sendo que 7% acreditam que vai “melhorar muito”. Outros 27% acham que não haverá mudanças e 32% seguem pessimistas – com 17% esperando uma piora grande no cenário.
IPCA é o vilão da economia
O grande vilão para os brasileiros é o aumento de preços. A pesquisa mostra que 73% da população perceberam a alta da inflação nos últimos seis meses e 75% tiveram sua situação financeira afetada pelo problema.
Para 54% ainda, a inflação deve continuar aumentando nos próximos seis meses.
A pesquisa sobre a economia encomendada pela CNI foi realizada pelo Instituto FSB entre os dias 18 e 23 de novembro. Foram ouvidas 2.016 pessoas nas 27 unidades da Federação, e a margem de erro é de 2 pontos porcentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Com informações do Estadão Conteúdo