O setor de serviços mostrou alta de 0,7% em abril neste ano, na comparação mensal com março, segundo dados da da Pesquisa Mensal de Serviços foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o setor recuperou parte das perdas ocorridas em março (-3,1%). De acordo com a pesquisa, em abril o setor cresceu 19,8% em relação ao mesmo período do ano passado e 3,7% no acumulado do ano. No acumulado de 12 meses, no entanto, os serviços tiveram queda de 5,4%.
O setor ainda está 1,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, ou seja, do período pré-pandemia de covid-19.
A receita nominal teve variação de 0,1% na comparação com março e altas de 22,4% em relação a abril de 2020 e de 4,7% no acumulado do ano. No acumulado de 12 meses, a receita apresenta uma perda de 4,9%.
Na passagem de março para abril, o crescimento foi puxado por duas das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE: informação e comunicação (2,5%) e serviços prestados às famílias (9,3%).
“O resultado dos serviços prestados às famílias deve ser relativizado, já que em março eles caíram 28%, no momento em que decretos estaduais e municipais restringiram o funcionamento de algumas atividades para controle da disseminação do vírus. Isso fez o consumo reduzir significativamente naquele mês. Então, em abril, houve um crescimento maior por conta da base de comparação muito baixa”, afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
O setor de transportes, serviços auxiliares de transporte e correio mantiveram-se estáveis, enquanto os outros dois segmentos tiveram queda: profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) e outros serviços (-0,9%).
Indicador antecedente de emprego da FGV sobe 4,7 pontos em maio
O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou crescimento de 4,7 pontos na passagem de abril para maio deste ano. Essa é a segunda alta consecutiva do indicador, que havia subido 1,6 ponto de março para abril.
Com o resultado de maio, o Iaemp chegou a 83,4 pontos. O indicador busca antecipar tendências do mercado de trabalho com base em entrevistas com consumidores e com empresários da indústria e dos serviços. A principal contribuição para a alta deste mês veio do componente da Situação Atual dos Serviços.
“A melhora nas expectativas para o mercado de trabalho tem sido influenciada pela flexibilização das medidas restritivas e do avanço do programa de vacinação. O cenário para os próximos meses parece ser de continuidade dessa retomada, mas ainda de maneira gradual e com alguns riscos, em especial, o de novas ondas da pandemia”, diz o economista da FGV Rodolpho Tobler.
Com Agência Brasil