Sérgio Rial, ex-Americanas (AMER3), vira sócio de gestora de investimentos
O empresário Sérgio Rial, executivo com passagens pelo Santander (SANB11), Marfrig (MRFG3) e Americanas (AMER3), vai assumir o posto de sócio na Crescera Capital, gestora de investimentos.
Em janeiro de 2023, Rial revelou o rombo bilionário da varejista quando atuava como CEO da Americanas.
Em publicação no LinkedIn, Rial falou sobre o comando na Crescera.
“Me juntei à gestora Crescera Capital juntamente com o amigo e agora sócio Sérgio Eraldo (ex-Bozano e fundador da Legend), para, juntamente com sócios atuais de muita experiência e valor, podermos ajudar a longevidade dos negócios de médio porte, grande motor gerador de empregos, com as pequenas empresas e micro empreendedores”, escreveu na rede social.
Carreira de Sérgio Rial
Antes de sua passagem pela Americanas, Rial foi chefe-executivo e presidente do Conselho de Administração do Santander Brasil (SANB11). O executivo também foi líder da empresa de alimentos, Marfrig (MRFG3), de 2014 até 2015.
Desde 2017, Sergio é presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF).
Em agosto de 2022, foi anunciado como sucessor de Miguel Gutierrez na Americanas para o ano seguinte, quando permaneceu no cargo por apenas nove dias.
Até hoje, está presente nos conselhos da Vibra (VBBR3), que preside, e da BRF (BRFS3) e Delta (DEAI34).
“Por isso, acredito nas gestoras que, mais do que provedoras de capital, se interessam em fazer parte da construção da história de tanta gente valente”, diz Sérgio Rial em publicação.
Processo da Americanas
O processo contra o ex-executivo diz respeito à suposta exposição de informações relevantes ainda não divulgadas pela companhia, em teleconferência na Americanas.
O executivo também foi acusado por suposta divulgação, em teleconferência e em vídeo, de informação de forma incompleta e inconsistente de números referentes à dívida financeira da companhia e a exposição da Americanas à possibilidade de cobrança antecipada de sua dívida, inclusive no que se refere aos covenants (cláusulas contratuais estabelecidas pelo credor).
Ele propôs pagar R$ 1,280 milhão, sendo R$ 680 mil correspondente à imputação de inobservância, em tese, do dever de sigilo, e o valor de R$ 600 mil correspondente à imputação de inobservância, em tese, do dever de informar.
O acordo proposto por Sérgio Rial foi recusado pela CVM.