Sergio Moro e Huck conversam sobre aliança para disputa da Presidência, diz jornal
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o apresentador Luciano Huck estão negociando uma aliança para disputar a Presidência em 2022. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo na noite do último sábado (7).
Segundo o jornal, Sergio Moro e Huck se encontraram no apartamento do ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro, em Curitiba, no dia 30 de outubro. Ambos conversaram sobre a possibilidade de representarem uma “terceira via” nas eleições, em contraponto à ala conservadora da posição e a esquerda opositora.
A dupla, no entanto, ainda não decidiu quem encabeçaria a chapa que pode disputar o Palácio do Planalto daqui a dois anos. De acordo com a avaliação de ambos, isso deve ser discutido ao longo de 2021.
Segundo a Folha, o convite para o encontro partiu de Moro. Ele e Huck mantém contato desde que se encontraram no Fórum Econômico Mundial, em Davos, em 2019. Um dos objetivos imediatos seria a busca por ampliar essa frente trazendo outras figuras com perfil centrista.
Sergio Moro e Huck teriam tripé definido para a Presidência
A candidatura da dupla, de acordo com o jornal, seria baseada em um tripé, unindo temas de importância tanto para a direita, como para a esquerda: agenda liberal para a economia, luta contra a corrupção e redução da desigualdade social.
Ex-juiz responsável pela Operação Lava Jato, Moro tem a imagem ligada ao combate de grandes esquemas de corrupção. Huck, por outro lado, tem seu discurso direcionado às áreas sociais e de empreendedorismo. Ambos concordam sobre a liberdade econômica.
No almoço, a potencial chapa discutiu sobre a base eleitoral de Bolsonaro para 2022. Eles concluíram que o mandatário terá força na campanha de reeleição, sobretudo por navegar praticamente sozinho pelo mar do conservadorismo, relevante na sociedade brasileira.
No entato, para Sergio Moro e Huck, o presidente terá dificuldades em 2021. A avaliação é de que Bolsonaro deve perder apoio político nos próximos meses, dado o fim do coronavoucher e o alto nível de desemprego em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).