Liminar da Ser que impedia negociações entre Ânima e Laureate é revogada

A decisão liminar de primeira instância que impedia as negociações entre a Ânima Educação (ANIM3) e a Laureate foi revogada nesta quarta-feira (28). A informação foi divulgada pela própria Ser Educacional (SEER3), que havia entrado na Justiça para interromper a operação.

Na semana passada, o grupo norte-americano Laureate comunicou ao mercado que pretendia encerrar o acordo de venda de suas operações no Brasil com a Ser Educacional e fechar a venda com a Ânima. Após o anúncio, a Ser decidiu entrar na Justiça e obteve a decisão liminar favorável.

No comunicado desta quarta, a SER informou que  “requereu instauração do respectivo procedimento arbitral, e a questão relativa ao valido exercício do direito go-shop será discutida por meio de arbitragem“.

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Por fim, a empresa concluiu que se mantém certa de seus direitos e tomará todas as medidas cabíveis para garantir o efetivo cumprimento do acordo de transação.

Após a notícia, por volta das 12h, as ações ordinárias da Ser (SEER3) registravam queda de 2,89%, negociadas a R$ 13,41. E os papéis da ANIM3 caíam 4,49%, a R$ 27,25. O Ibovespa operava em queda de 3,14%, totalizando 96.477,42 mil pontos.

Ser Educacional entra na Justiça contra Laureate

Nesta semana, a Ser Educacional entrou com uma petição no processo de compra da Laureate Brasil.

O documento da Ser aponta que a Ânima não possui nenhuma garantia para levantar os recursos financeiros necessários para a compra da operação da Laureate no Brasil.

Na proposta, a Ânima garantiu à Laureate total de R$ 4,7 bilhões, sendo, cerca de R$ 700 milhões que viria do caixa da empresa e outros R$ 3,3 bilhões da emissão de debêntures que serão suportadas pelo Bradesco (R$ 1,5 bilhão), Itaú BBA (R$ 500 milhões) e Santander (R$ 1,3 bilhão).

Os advogados da Ser Educacional alegaram que a Yduqs (YDUQ3), que participou do processo mas foi rejeitada, contratou financiamento bancário para garantir os recursos.

Na última segunda-feira (26), a Yduqs apresentou, no âmbito da aquisição dos ativos da Laureate no Brasil, um instrumento de comprometimento de crédito. A companhia garantiu a disponibilidade  do valor de até R$ 4 bilhões para fechar a compra das operações.

“Chega a ser um acinte à inteligência dos demais partícipes deste processo a afirmação da Laureate que não haveria contingência de financiamento em proposta que previsse que o terceiro precisaria ganhar na loteria para obter os recursos necessários à concretização da compra”, informou o documento da Ser.

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Poliana Santos

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