A Sequoia (SEQL3), empresa do setor de logística, anunciou que entrou com um pedido de recuperação extrajudicial para finalizar a renegociação de suas dívidas com fornecedores. O montante em questão é de aproximadamente R$ 295 milhões, resultante de contratos firmados ao longo dos últimos anos com fornecedores, prestadores de serviços e locadores de armazéns.
Em reação à notícia, as ações da Sequoia (SEQL3) tombam 6,46% por volta das 10h40 desta segunda-feira (14), cotadas a R$ 4,20.
Segundo comunicado oficial, o Plano de Recuperação Extrajudicial da Sequoia abrange apenas a Sequoia Logística e a Transportadora Americana. O plano oferece diferentes opções para os credores. A primeira alternativa é a conversão total dos créditos em papéis da Sequoia, negociados na B3, com preço de conversão de R$ 8 por ação.
A segunda opção consiste no pagamento em 36 parcelas mensais, iguais e consecutivas, com a primeira parcela vencendo após um período de carência de 60 meses a partir da homologação judicial do Plano.
A terceira alternativa inclui um deságio de 70%, com o pagamento do saldo remanescente em 84 parcelas mensais, com início após 12 meses de carência contados a partir da homologação do Plano.
Outra possibilidade é um deságio de 50%, com pagamento à vista de 2/5 do saldo, a ser realizado até 120 dias após a homologação ou até 31 de janeiro de 2025, o que ocorrer primeiro; seguido pelo pagamento dos 3/5 restantes em 15 parcelas mensais consecutivas, começando 30 dias após o pagamento inicial.
Por fim, existe a opção de deságio de 70%, com pagamento do saldo à vista, dentro de 30 dias após a homologação judicial do Plano.
A Sequoia estreou na Bolsa de valores em 2020. Em seu IPO, movimentou R$ 1 bilhão, com a oferta saindo a R$ 12,40 por ação. Desde então, as ações SEQL3 acumulam queda de mais de 95%.
Em 2024, as ações da Sequoia caem cerca de 44%. Já neste mês de outubro, o recuo do ativo está na casa dos 5%.