A empresa de logística Sequoia (SEQL3) disse à B3 (B3SA3) nesta segunda-feira (19) que até então não foi formalmente citada em pedido de falência elaborado pela Talent Trabalho Temporário e Terceirizado Ltda.
A Sequoia afirmou à empresa da Bolsa de Valores do Brasil que teve conhecimento da situação apenas ao ser comunicada por ela. No ofício, a B3 solicitou os valores envolvidos e as medidas que a empresa estaria planejando para resolver a situação.
A companhia esclareceu que, com base em informações públicas, o pedido de falência se baseia em um valor de R$ 62.130,67, enfatizando que esse montante, sozinho, não tem impacto na situação econômico-financeira da Sequoia.
Em comunicado enviado à B3, a Sequoia afirmou que já está tomando as “medidas cabíveis para solucionar a questão de acordo com o devido processo legal, resguardando-se de seus respectivos direitos”.
Sequoia: endividamento e fusão com a Move3
Em janeiro deste ano, a Sequoia divulgou ao mercado que assinou um acordo com os acionistas do Grupo Move3 para a fusão das empresas. A nota destaca que os acionistas da Move3, incluindo o fundo de investimento JGB e a gestora de ativos Newfoundland Capital, devem ter uma participação societária “significativa” na futura empresa.
A proposta de combinação de negócios, segundo a empresa de logística, visa estabelecer “um dos principais atores privados no segmento de entregas expressas e soluções logísticas no país”.
Através de uma troca de ações, a Sequoia deve adquirir 60% da recém-criada empresa, enquanto a Move3, detentora de marcas como Flash Courrier, Moove+, Rodoê, entre outras, manterá os 40% restantes.
Ao somar as operações, a nova entidade resultante da fusão entre Sequoia e Move3 deve alcançar uma receita líquida superior a R$ 2,4 bilhões, superando empresas como Braspress, Total Express e Jadlog. Além disso, contará com quase mil unidades operacionais e terá presença em 5.030 cidades, ficando atrás apenas dos Correios em termos de cobertura.
A fusão com a Move3, sem data definida e sujeita à aprovação final de ambas as partes e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foi divulgada após um acordo firmado pela Sequoia com seus credores, em 2023, para a reestruturação de sua dívida.
Durante o acordo, a companhia convenceu o Santander (SANB11), ABC Brasil (ABCB3), Bradesco (BBDC4) e Votorantim a converterem R$ 320 milhões de débitos em participações acionárias da empresa, sendo que Santander e ABC Brasil representam aproximadamente 65% do montante total.
Com a conclusão dessa transação, a Sequoia conseguiu reduzir sua dívida total em 75%, incluindo as debêntures renegociadas em outubro. Ao considerar a dívida líquida, a diminuição atingiu 90%.
Desempenho das ações da Sequoia
No fechamento desta segunda-feira (19), as ações de Sequoia subiram 2,04%, a R$ 0,50, segundo o Status Invest.
Cotação SEQL3