Sequoia (SEQL3): BTG corta preço-alvo das ações, mas vê potencial de 77% de alta
O BTG Pactual (BPAC11) cortou o preço-alvo da ação da Sequoia (SEQL3), de R$ 38 para R$ 23, após atualizar as estimativas para a companhia. O banco afirma que ainda há potencial de 77% de alta e mantém recomendação de compra.
“Hoje, a Sequoia (SEQL3) é negociada a 10,4x EV/EBITDA em 2022 (8,2x 2023) e 21,3x preço/lucro em 2022 sem goodwill, abaixo dos pares logísticos de alto crescimento (33%)”, afirmaram os analistas do BTG.
Analistas do banco reduziram as projeções de receita líquida, margem Ebitda e lucro líquido em 2021 e 2022. Agora, a estimativa de receita líquida é de R$ 1,6 bilhão e R$ 1,9 bilhão para 2021 e 2022, respectivamente (contra R$ 1,8 bilhão e R$ 2,4 bilhões antes), margem Ebitda ajustada de 9,7% e 10,8% (contra 10,7% e 11,3%) e lucro líquido (sem ágio) de R$ 66 milhões e R$ 100 milhões (contra R$ 122 milhões e R$ 177 milhões).
A atualização do valor foi realizada para incorporar os resultados recentes da companhia, assim como uma perspectiva revisada para o e-commerce e o crescente mix de clientes asiáticos – o que traz ganhos de participação de mercado, mas menores tickets.
Além disso, inclui margens de curto prazo mais fracas pelo maior custo de insumos, especialmente diesel, e maior custo do equity (aumento de 110bps para 13,1%).
Apesar do curto prazo mais volátil, os catalisadores de longo prazo da Sequoia permanecem intactos, com a entrega expressa ainda mostrando muito espaço para crescer no Brasil. A tese do banco também é suportada pelo recente aumento da participação da diretoria na base acionária, o lançamento de um programa de recompra de ações e um sólido desempenho operacional durante o quarto trimestre.
Sobre o valuation, o BTG Pactual reconhece que o desempenho das ações da Sequoia desde o aumento de capital tem sido um pouco frustrante, com recuo de 48%.
Os fatores apontados pelo banco para essa queda são:
- Taxas de juros de longo prazo maiores, o que aumenta o custo de capital;
- Rotação entre setores dos investidores de empresas de tecnologia para empresas de valor;
- Volatilidade das margens de curto prazo devido ao aumento dos preços dos insumos, como diesel;
- Crescimento mais lento do e-commerce, particularmente mais fraco no 2S21.
Avaliação do BTG Pactual (BPAC11) desde a abertura de IPO da Sequoia (SEQL3)
Depois de cumprir suas promessas de oferta pública de ações (IPO), tanto de forma orgânica quanto na inorgânica, o relatório fala que a Sequoia merece uma reavaliação. Foram seis aquisições negociadas desde a abertura de capital, mostrando uma disciplina em alocação de capital.
“Na frente orgânica, embora nossas estimativas revisadas para o e-commerce apontam um menor crescimento em relação aos números do IPO, a Sequoia conseguiu expandir seu portfólio de produtos, criando avenidas de crescimento, especialmente entre empresas menores, e assim tem um mercado endereçável maior do que no modelo de IPO”, afirma o BTG Pactual.
Cotação
A Sequoia (SEQL3) fechou em queda de 1,08%, a R$ 12,86.