A Sequoia (SEQL3), do setor de logística, registrou um lucro líquido ajustado de R$ 30,7 milhões no período, crescendo 144% na base anual. No consolidado do ano, esse número foi de R$ 42,7 milhões, avançando 182%. A diferença considerável foi impulsionada, principalmente, pelo crescimento do e-commerce durante a pandemia e também pelas recentes aquisições.
A receita líquida da Sequoia avançou 108% na comparação do quarto trimestre de 2020 com o quarto trimestre de 2019, chegando a R$ 344,1 milhões. No total do ano, a receita líquida foi de R$ 998,1 milhões, alta de 89%, segundo documento divulgado pela empresa ontem.
O Ebitda ajustado foi de R$ 38 milhões no período de outubro a dezembro de 2020, avançando 52% na comparação com os R$ 25 milhões registrados nos últimos três meses de 2019. Nos 12 meses de 2020, esse número foi de R$ 89,8 milhões, registrando crescimento de 89%.
Durante 2020, a Sequoia realizou uma série de investimentos buscando expandir e melhorar a sua atuação. A companhia adquiriu, por exemplo, a Direcional e ainda acertou a aquisição da Prime Express e da Prime Time, finalizada em janeiro último. Segundo a empresa, as sinergias desses negócios estão começando a ser captadas.
A receita bruta da companhia, que mede todo o faturamento antes da mordida dos impostos, foi de R$ 409,6 milhões entre outubro e dezembro de 2020, crescendo 94% na base anual. Abrindo esse número, a Sequoia foi impulsionada tanto pelo avanço do comércio digital com a pandemia quanto pelas novas aquisições.
Partindo dos R$ 191,4 milhões registrados em 2019, o same client sales, que avalia apenas a venda para empresas que já eram clientes da companhia, somou R$ 54,3 milhões ao número antigo. A adição à receita das empresas adquiridas foi de R$ 157 milhões. Os novos clientes conquistados responderam por um acréscimo de R$ 6,8 milhões.
“No ano de 2020, entre os principais aspectos que compõem o crescimento, destacamos o crescimento do segmento de B2C, positivamente impactado pelo crescimento do mercado nacional de vendas digitais (“e-commerce”), e fechamento de novos contratos positivamente impactado por sinergias comerciais entre a Sequoia e as recém adquiridas”, diz o relatório.
Resultado da Sequoia também é impulsionado por investimentos em tecnologia
Além disso, lançou novos programas, focando, por exemplo, na oferta do serviço de entrega a pequenos e médios comerciantes e investiu em ativos e em tecnologia, abrindo 13 novas unidades e implementando equipamentos automatizados. Ao longo de 2020, a Sequoia investiu R$ 36 milhões. Em 2019, esse número foi de R$ 22 milhões. Para 2021, a empresa promete intensificar novamente os aportes.
Por conta desses investimentos, a Sequoia viu sua margem bruta avançar 2,4 pontos percentuais na comparação do quarto trimestre de 2020 com o de 2019, chegando a 24,1%.
Por outro lado a companhia viu suas despesas comerciais, administrativas e gerais também avançarem 6,4 pontos percentuais na comparação com a receita líquida. A empresa, porém, pontua que parte deste crescimento é causado pela aquisição da direcional e que as sinergias ainda estão sendo concluídas.
A Sequoia termina 2020 com uma dívida líquida de R$ 397 milhões e uma alavancagem negativa em 0,2 vez. No ano, a companhia renegociou dividas aumentando o prazo e diminuindo os gastos com juros.