A instituição financeira Senff conseguiu a autorização do Banco Central (BC) para operar como banco nesta quinta-feira (3) e deverá entrar no setor em breve com o nome de banco Senff.
A Senff, que atualmente oferece soluções financeiras para empresas e pessoas, atuando no segmento de cartões. Atualmente, a companhia possui cerca de 2,7 milhões de cartões em circulação no Brasil, além de oitenta mil lojas credenciadas e quatro mil empresas parceiras.
De acordo com Leopoldo De Paula Senff, presidente da Senff, o projeto é que o banco opere de maneira omnichannel mas sem as tradicionais agências bancárias, mas sim pontos físicos dentro dos varejistas parceiros.
“A ideia é oferecer todo pacote de serviço digital, mas temos todo esse apoio físico para o cliente. Não temos projetos de abrir agências físicas sozinhas, sempre estaremos dentro do parceiro varejista. Hoje, já estamos fechados com 50 lojas e, dos 4 mil, teremos 400, 500 agências parceiras”, disse o presidente ao SUNO Notícias.
O foco do novo banco deve ser, além do cliente pessoa física, atender com crédito os varejistas, com quem a empresa já possui anos de relacionamento dada a atuação com cartões. Ao todo, são cerca de cinco mil estabelecimentos emissores do cartões da Senff hoje.
“Já somos uma instituição financeira desde 2010 e, agora, queremos ofertas todos os serviços bancários, como financiamento de veículo, consignado, e também, apoiar o varejista com linha de crédito para reforma de loja, financiamento para crescimento, etc”, afirmou Senff.
A Senff começou em 1892 com uma panificadora em Curitiba. Em 1977, se transformou em uma rede de supermercados, adquirida pelo Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) nos anos 2000.
Desde então, passou a atuar na administração de cartões, com foco no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atualmente, o grupo possui cerca de 890 funcionários.
Além do banco, os executivos da Senff não descartam uma Oferta Pública Inicial de Ações (IPO, em inglês) para o futuro.
“Achamos que faz sentido em breve. Primeiro, porém, vamos colocar o banco de pé. Sempre fomos muito conservadores, e caminhar para isso é um projeto que a gente se compromete. Acho que está no nosso radar para os próximos anos, mas estamos fazendo a lição de casa primeiramente”, concluiu o presidente da Senff.