O Senado Federal aprovou em Plenário a indicação de Roberto Campos Neto para o cargo de presidente do Banco Central. A votação, finalizada no fim da tarde desta terça (26) contou com 55 votos favoráveis, 6 contrários e uma abstenção.
O novo presidente do Banco Central possui uma relação antiga com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e está envolvido nos assuntos do atual governo desde o último ano. Em agosto de 2018 passou a se dividir entre as suas funções no Santander e as reuniões com Guedes sobre o programa do governo de Bolsonaro.
Saiba mais: Conheça Roberto Campos Neto, o novo presidente do Banco Central
Em novembro de 2018, Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro à presidência do Banco Central. Dessa forma, o economista deixou a carreira de 18 anos no Santander para assumir a indicação.
No entanto, a missão do novo presidente deve ser mais tranquila do que a de seu antecessor, o economista Ilan Goldfajn. O ex-presidente do BC assumiu o cargo com uma inflação de dois dígitos e entregou dentro da meta estipulada durante os três anos que ficou no comando do banco.
Saiba mais: Governo estuda propor projeto de autonomia do Banco Central em março
Campo Neto foi sabatinado no Senado nesta terça e defendeu que o Banco Central deva seguir sendo autônomo.
“[Defendo a autonomia do BC] para que ele dependa menos de pessoas e mais de regras, e para que estejamos alinhados à moderna literatura sobre o tema e aos melhores pares internacionais”, afirmou, o indicado Campos Neto.
Saiba mais: Banco Central: contas externas têm déficit de US$ 6,548 bi em janeiro
Em seus projetos, o economista fala em mandatos fixos para seus dirigentes e fixação de critérios para as pessoas que assumirem o comando de bancos públicos.