Sem provas, Trump volta a falar em fraude após vitória de Biden
Cerca de 24 horas após Joe Biden ser declarado o presidente eleito nos Estados Unidos por agências e veículos de imprensa, Donald Trump voltou a alegar fraudes no processo eleitoral. O mandatário, no entanto, ainda não apresentou provas.
Em uma série de publicações em sua conta pessoal no Twitter, Trump cita o analista da George Washington University, Jonathan Turley, e o ex-presidente da Câmara dos Representantes, Newt Gingrich, para falar em “roubo” nas eleições da última semana.
“Nós devemos olhar para todos os votos. Estamos só no começo do estágio de tabulação. Nós devemos olhar para essas alegações. Estamos vendo um número de declarações juramentadas de que houve fraude no voto. Nós temos um histórico nesse país de problemas nas eleições”, diz Trump, em reprodução de um post de Turley.
O analista norte-americano, reafirma que se posiciona a favor de uma revisão dos votos, mas que “não há atualmente nenhuma evidência de fraude”. “Essas alegações iniciais podem ou não ser indicativas de um problema mais sistêmico. Vamos descobrir”, diz Turley em uma sequência de publicações.
Esta foi uma eleição roubada, diz Trump
Logo depois, Trump escreveu frases atribuídas a seu parceiro do Partido Republicano, Newt Gingrich. “Esta foi uma eleição roubada. Eles roubaram tudo o que tinham para roubar”. Neste momento, nem Trump tampouco o ex-presidente da Câmara trouxeram comprovações.
“We believe these people are thieves. The big city machines are corrupt. This was a stolen election. Best pollster in Britain wrote this morning that this clearly was a stolen election, that it’s impossible to imagine that Biden outran Obama in some of these states.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 8, 2020
Gingrich, que é jurista, também mostrou seu receio com “cem milhões de cédulas por correio em cidades como Filadélfia e Detroit” que, segundo ele, têm “uma longa série de problemas eleitorais (para dizer o mínimo)”.
As cidades citadas pelo apoiador de Trump são, respectivamente, as mais relevantes da Pensilvânia e de Michigan, estados considerados decisivos que, no início da contagem dos votos, Trump estava à frente mas que foi ultrapassado por Biden, que venceu nas cidades e assegurou a vitória.
Como tem feito nos últimos dias, o Twitter colocou alertas embaixo dos tuítes de Trump, dizendo que “essas alegações sobre fraude na eleição são contestadas”. Em meados deste ano, as contas do filho do mandatário, Donald Trump Jr., e do ex-estrategista de Trump, Steve Bannon, já haviam sido suspensas da rede social por violação das regras de uso.
