Conforme pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), as prestações tem ficado mais caras para os consumidores. A pesquisa afirma que o consumidor que financia suas compras tem pago uma conta do não repasse integral da taxa básica de juros, Selic, para a taxa do consumidor.
Desde outubro de 2016 o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) tem cortado a Selic. Dessa forma, a CNC aponta que as prestações tem ficado mais caras, em um dos cálculos foi demonstrado alta de 15% em algumas parcelas.
Juros básicos e spread
“Para o consumidor, o não repasse integral da queda dos juros básicos às taxas finais representou um maior peso na parcela mensal dos financiamentos, especialmente diante da relativa estabilidade da massa de rendimento”, disse o economista-chefe da CNC, Fábio Bentes.
Saiba Mais: Itaú Unibanco reduz PIB do Brasil a 1,3% e taxa Selic a 5,75%, para 2019
Além disso, o economista afirma que a despesa maior com juros é visível nos itens de maior valor. Em uma das contas, a CNC demonstrou que um veículo de R$ 30 mil financiado em 42,3 meses, o comprador paga uma prestação, considerando os juros médio do BC, de 21,12%. Caso o corte da Selic tivesse sido repassada integralmente ao consumidor, a taxa seria de apenas 11,74% ao ano.
Ademais, Bentes aponta que não somente a taxa básica não foi repassada ao consumidor como também a diferença entre a remuneração que o banco paga ao aplicador para captar o recurso e quanto esse banco cobra para emprestar, conhecido como spread. “O spread caiu menos que do que a Selic no período e a gordura dos bancos aumentou”, disse o economista.
Compom mantém taxa Selic a 6,5%
Pela décima decisão consecutiva o Copom deixou inalterada a taxa Selic a 6,5%. O mercado financeiro dividiu-se nas expectativas de manutenção da taxa Selic. Tal divisão foi bastante influenciada por relatório divulgado pelo Itaú Unibanco no qual foi um fechamento a 5,75% em 2019 dos juros básicos brasileiros.
Notícias Relacionadas