Para a primeira semana do mês de abril, alguns eventos chamam a atenção dos investidores, tal como a decisão monetária sobre a taxa básica de juros (Selic), reforma tributária e vendas no varejo no Brasil.
Já no exterior, os mercados acompanham o relatório de empregos (Payroll) dos Estados Unidos e a balança comercial da China. Portanto, veja os 5 principais eventos que ocorerrão entre segunda-feira (3) a sexta-feira (7).
Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne na próxima terça-feira (4) e quarta-feira (5) para definir o rumo da taxa Selic. A expectativa do mercado é que o Comitê cumpra a promessa de elevar a taxa básica de juros de 2,75% para 3,5% ao ano, por conta da pressão inflacionária.
A atenção dos investidores está no comunicado do BC para saber até onde deve ir a alta de juros neste ano. O Copom anunciará sua decisão na quarta-feira às 18 horas (horário de Brasília) .
Na última reunião, o BC prometeu uma nova alta de 0,75 ponto percentual para maio. Desta forma, a perspectiva é de que a Selic vai a 3,5%. O presidente da instituição, Roberto Campos Neyo, disse que o ajusto só seria reavaliado se “algo muito diferente ou extraordinário” acontecesse.
Reforma tributária
Além da decisão da Selic, os investidores acompanham a tramitação das reforma tributária. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que receberá na segunda-feira (3) o relatório final sobre a reforma tributária.
O texto da reforma tributária reúne uma versão da Câmara, uma do Senado e outra do governo federal sobre as mudanças no sistema de tributação do País que está parado no Congresso.
Com a instalação da CPI da Covid no Senado e a definição dos primeiros convocados a depor sobre as ações do governo Jair Bolsonaro na pandemia, o Planalto corre para acelerar as reformas tributária e administrativa.
Vendas no varejo
Os investidores devem acompanhar também nesta semana a divulgação da vendas no varejo no mês de março. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar o indicador de março na sexta-feira (7) às 9 horas.
Em fevereiro as vendas no varejo do Brasil aumentaram, após dois meses de perdas e impulsionadas pelo retorno às aulas, mas passam a enfrentar agora a piora da pandemia de Covid-19 e restrições cada vez mais rigorosas.
O setor apresentou em fevereiro alta de 0,6% nas vendas em relação ao mês anterior, depois de acumular perdas de 6,3% em dezembro e janeiro, meses em que foram impactadas pelo fim do auxílio emergencial fornecido pelo governo.
Payroll
Na sexta-feira, às 9h30, a principal economia do mundo, os Estados Unidos, divulga o relatório de emprego do setor privado (Payroll). Esse indicador mede a variação do número de pessoas empregadas durante o mês de abril de todas as empresas que não são do setor agrícola.
Em março, os empregadores privados dos EUA aumentaram as contratações uma vez que os norte-americanos se vacinaram contra a Covid-19, levando a economia para uma reabertura mais ampla.
Foram criados 517 mil postos de trabalho no setor privado em março. Os dados de fevereiro foram revisados para mostrar 176 mil vagas criadas, em vez de 117 mil informadas inicialmente.
China
Outro dado importante que os investidores devem estar atentos é a balança comercial da segunda maior economia do mundo, a China. Na quinta-feira (6), o país deve divulgar os números de importações e exportações, o dado costuma influenciar os mercados, principalmente as empresas que são ligadas a commodities.
Em março as exportações chinesas deram um salto de 30,6%, na comparação com o mesmo período no ano passado, o resultado ficou abaixo das expectativas de um aumento de 40%. Por sua vez, as importações da China subiram 38,1%, superando a previsão de alta de 25%.
Os 5 eventos da semana do SUNO Notícias, que tem como destaque a decisão da Selic, mostram aos investidores os principais assuntos que prometem movimentar o mercado durante a primeira semana de abril.
