O mercado financeiro aumentou a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2024, e também para o Produto Interno Bruto (PIB), mas diminuiu a previsão para a inflação oficial, o IPCA.
Segundo Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (16) pelo Banco Central (BC), a estimativa para a taxa de juros, a Selic, está em 9,13% ao final deste ano, ante 9,00% na semana anterior.
De acordo com a pesquisa, para 2025, o mercado espera que a taxa de juros termine em 8,50%, mesma projeção da semana anterior. Para 2026, a expectativa é de que a taxa Selic também chegue a 8,50%.
Paralelamente, ainda conforme o Focus desta semana, o mercado espera que o IPCA, principal indicador de inflação, termine 2024 em 3,71%, abaixo da projeção da semana passada (3,76%) e também das últimas quatro semanas (3,79%).
Além disso, o mercado financeiro elevou as suas estimativas do PIB deste ano, para 1,95%, ante 1,90% na semana anterior. Há quatro semanas, a previsão era de 1,80%.
No caso do dólar, a previsão desta semana foi aumentada para R$ 4,97 em 2024. Há quatro semanas, a previsão era de R$ 4,95.
Resumo do Boletim Focus
Veja, em detalhes, as projeções mais importantes para 2024 e 2025:
2024
- IPCA: a projeção caiu para para 3,71%
- PIB: a projeção subiu para 1,95%
- Dólar: a previsão do câmbio aumentou em R$ 4,97
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit caiu para US$ 79,75 bilhões
- Investimento Estrangeiro Direto: a previsão aumentou para US$ 67,00 bilhões
- Dívida do Setor Público: a previsão caiu para 63,77% do PIB
2025
- IPCA: a projeção aumentou para 3,56%
- PIB: a projeção se manteve em 2,00%
- Dólar: a previsão do câmbio se manteve em R$ 5,00
- Taxa Selic: a previsão se manteve em 8,50%
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit aumentou para US$ 75,00 bilhões
- Investimento Estrangeiro Direto: a previsão aumentou para US$ 73,40 bilhões
- Dívida do Setor Público: a previsão caiu para 66,27% do PIB
O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central. A divulgação do boletim Focus, que costuma ocorrer sempre às segundas-feiras, foi adiada pela segunda vez consecutiva na semana em função da mobilização de servidores do Banco Central (BC) em operação-padrão, informou a instituição.
Para a composição do boletim, são utilizadas as projeções dos especialistas das 100 principais instituições ligadas ao mercado financeiro do Brasil para juros, IPCA, câmbio, taxa Selic e outros indicadores.