Selic será mantida em 10,50%? Veja perspectivas para o Copom desta quarta (31)

Nesta quarta-feira (31), o Copom anuncia sua decisão para a Selic, que atualmente está em 10,50% ao ano. E de acordo com analistas, a expectativa é a de que a taxa seja mantida no atual patamar.

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Em relatório, o Itaú afirma que a atual reunião do Copom tem um pano de fundo mais complexo do que a última. Apesar de “alguma melhora” no ambiente externo, os analistas apontam a alta na percepção de risco local, volatilidade nos ativos e o avanço no câmbio como alguns pontos que justificam essa visão.

Além disso, a casa destaca que os dados de atividade econômica divulgados desde a última decisão de juros seguiram mostrando um quadro de resiliência e aquecimento do mercado de trabalho, e o IPCA-15 de julho trouxe uma surpresa para cima relevante.

Mesmo assim, o Itaú espera que a taxa Selic seja mantida em 10,50% nesta reunião do Copom, e a opinião parece ser majoritária no mercado.

Ana Paula Carvalho, sócia da AVG Capital, vai na mesma direção. Ela cita que na última ata do Copom, o comitê avaliou o cenário externo como adverso e o interno desafiador pela ótica da inflação. Diante disso, acredita que a política monetária seja conduzida com maior cautela.

“Há a expectativa de o Copom mantenha a taxa em 10,50% até o final do ano. Não é de se descartar, porém, altas à frente, a depender da sinalização do governo com relação ao cenário fiscal”, diz Carvalho.

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Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital, segue na mesma linha, projetando uma manutenção da taxa até o final do ano, apesar de alguns riscos de alta. Um novo corte nos juros, contudo, parece distante.

“A desconfiança do mercado na continuidade da queda da taxa de juros ocorre em um momento de depreciação cambial, o que pode distanciar ainda mais a inflação da meta”, diz Labarthe.

Com isso, o especialista projeta que o Copom deva ganhar tempo mantendo a Selic no atual patamar. Contudo, caso o câmbio e as contas públicas sigam pressionando negativamente as perspectivas para o Brasil, existe a chance da taxa encerrar o ano acima dos 10,50%, completa Labarhte.

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Guilherme Serrano

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