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Copom mantém taxa Selic em 2% ao ano mas retira o forward guidance

Banco Central decide sobre Selic Foto: Pinterest

Banco Central decide sobre Selic Foto: Pinterest

A taxa básica de juros (Selic) foi mantida mais uma vez em 2,00% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) nesta quarta-feira (20).

A decisão dos membros do Copom fui unânime e em linha com a previsão dos analistas do mercado, que esperava que a taxa Selic permanecesse em sua mínima histórica.

Segundo o Copom, no cenário externo, “o aumento do número de casos e o aparecimento de novas cepas do vírus têm revertido os ganhos na mobilidade e deverão afetar a atividade econômica no curto prazo”.

“No entanto, novos estímulos fiscais em alguns países desenvolvidos, unidos à implementação dos programas de imunização contra a covid-19, devem promover uma recuperação sólida da atividade no médio prazo”, explicou o Comitê no documento sobre a decisão desta quarta-feira. “A presença de ociosidade, assim como a comunicação dos principais bancos centrais, sugere que os estímulos monetários terão longa duração, permitindo um ambiente favorável para economias emergentes”.

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Sobre a atividade econômica brasileira, segundo o Comitê, indicadores referentes ao final do ano passado têm surpreendido positivamente, mas não contemplam os possíveis efeitos do recente aumento no número de casos de Covid-19.

Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o primeiro trimestre deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais.

Copom retira forward guidance

Além da decisão sobre a Selic, o comitê do Banco Central optou pelo fim do forward guidance, uma indicação de médio prazo dada pelo BC sobre como pretende conduzir a política monetária. Com isso, condução dela vai seguir a análise usual do balanço de riscos para a inflação.

O Copom argumentou pela retirada do forward guidance com base nas “expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico”, que estariam “suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária.”

“O Comitê reitera que o fim do forward guidance não implica mecanicamente uma elevação da taxa de juros pois a conjuntura econômica continua a prescrever, neste momento, estímulo extraordinariamente elevado frente às incertezas quanto à evolução da atividade”, ressaltou o Copom.

Inflação ainda preocupa o mercado

A manutenção da taxa Selic aliada à inflação em alta continua a preocupar o mercado. No ano passado, a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avançou 4,52%, acima dos 4,31% registrados em 2019, na maior taxa acumulada no ano desde dezembro de 2016, quando havia registrado 6,29%.

A inflação vem apertando as decisões do Copom, que segue pressionado para conter a alta dos preços ao subir as taxas, tirando crédito do mercado e, assim, diminuindo o consumo.

De acordo com o Goldman Sachs, a mediana da expectativa do mercado para a taxa Selic para no final do ano de 2021 é de 3,25% e, para 2022, de 4,75%.

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