Selic: J.P. Morgan revisa previsão para 1,75% para o fim do ano
O banco de investimento J.P. Morgan anunciou nesta quinta-feira (4) que cortou sua expectativa da taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,75% para 1,75%. A expectativa anterior era que a taxa terminasse o ano a 2,5%, porém o JPMorgan começou a ver crescentes ricos de uma recuperação econômica fraca no Brasil.
De acordo com o relatório divulgado pelo banco, o Comitê de Política Monetária (Copom) tem a capacidade de cortar ainda mais a Selic, que já vem registrando uma queda histórica desde o início do ano. A instituição norte-americana prevê um corte de 0,75% neste mês e de 0,5% em agosto, que poria fim à politica monetária expansionista do Banco Central.
Segundo os analistas do J.P. Morgan, “embora reconheçamos o benefício de uma abordagem mais gradual, dada a preocupação com as perspectivas fiscais, a comunicação recente de autoridades de política monetária sugere que eles favoreceriam um corte de 0,75 ponto percentual na próxima reunião.”
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Selic registra recorde de baixa em 2020
Desde o início da pandemia do coronavírus (Covid-19), o BC vem buscando na taxa Selic e nas politicas monetárias a solução para os impactos que o novo vírus teve na economia brasileira.
No último encontro do Copom, a taxa sofreu um corte de 0,75%, caindo para 3% ao ano. Além disso, a autoridade monetária esclareceu que “para a próxima reunião, condicional ao cenário fiscal e à conjuntura econômica, o comitê considera um último ajuste, não maior do que o atual, para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19.”
Saiba mais: BC: ‘a partir de determinado ponto’ é necessário cautela em cortes da Selic
Segundo o Banco Central, a instituição reconhece “a importância de gradualismo na condução da política monetária para avaliar a resposta dos preços de ativos financeiros.” O diretor de Política Econômica do Banco Central, Fábio Kanczuk, também destaca que o Brasil cruzaria o limite de ‘lower bound’ (menor limite) da Selic por primeira vez e, por isso, é necessário cautela.