Selic deve continuar subindo, indica Copom. E agora?
Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 11,25% ao ano. Já nesta terça-feira (11), foi divulgada a ata da reunião, que indica que o ciclo de aperto monetário deve continuar. A seguir, o decodificador de investimentos da Status Invest Assessoria te explica os motivos e os impactos desse movimento.
A ata do Copom divulgada nesta semana destaca as preocupações da autoridade monetária com as pressões inflacionárias.
De acordo com o documento, a força da atividade econômica e do mercado de trabalho, somados a uma política fiscal expansionista e ao crescimento no crédito às famílias, têm elevado o consumo e a demanda, tornando o controle da inflação um desafio ainda maior.
Dessa forma, a ata destaca que o futuro dos juros brasileiros e a intensidade do aperto monetário dependerão da dinâmica da inflação.
Decodificador de investimentos
A seguir, Felipe Holler, assessor na Status Invest Assessoria de Investimentos, te explica mais sobre a trajetória dos juros e da inflação no Brasil.
A ata divulgada pelo Copom ressaltou o comprometimento da autoridade monetária com a meta para a inflação.
É importante lembrar, no entanto, que o Boletim Focus divulgado nesta semana pelo Banco Central traz novamente um avanço na mediana das previsões do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação no País.
As estimativas subiram pela sexta semana seguida, de 4,59% para 4,62%, mantendo-se acima do teto da meta, de 4,50%.
De modo geral, a alta dos juros implica na redução do consumo, pois encarece o crédito e desestimula novos financiamentos. Assim, com a demanda mais controlada, os preços tendem a se estabilizar, o que ajuda a conter a inflação.
Em meio a este contexto, após duas altas consecutivas da taxa Selic, é possível esperar que o Copom siga elevando a taxa básica de juros da economia brasileira nas próximas reuniões.
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O cenário de juros elevados reflete diretamente nos investimentos, seja na renda fixa ou variável.
É possível dizer que a alta dos juros beneficia, de forma geral, os investimentos de renda fixa, como CDI, CDB e títulos do Tesouro, que passam a oferecer retornos mais atrativos. Com juros elevados, esses ativos de menor risco ganham competitividade frente a investimentos mais voláteis, visto que geralmente estão atrelados à Selic.
Já na bolsa de valores, o impacto dos juros altos é geralmente negativo, pois encarece o crédito, reduzindo o consumo e o investimento por parte das empresas e consumidores. Alguns setores mais dependentes de financiamento, como construção civil e varejo, são ainda mais afetados.
Por outro lado, o setor financeiro pode se beneficiar de juros mais altos, pois conseguem melhorar suas margens de lucro com operações de crédito. Os bancos, por exemplo, podem aumentar suas receitas com o aumento dos spreads, que consiste na diferença entre o custo de captação e o valor emprestado.
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