Selic: segundo Bolsonaro, taxa deve chegar a 4,50% ao ano

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou na manhã desta segunda-feira (2), que a taxa básica de juros (Selic), “deve chegar a 4,50% ao ano” em evento da Caixa Econômica Federal. Atualmente, a taxa está em 5,0%.

Além de comentar sobre a Selic diretamente da plateia do evento, Bolsonaro disse que apoia o projeto de autonomia do Banco Central (BC). No entanto, afirmou que Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária, relatou a ele que não tem pressa para aprovar a autonomia porque já se considera independente do governo.

Junto ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, Bolsonaro prestou elogios ao banco estatal em sua atuação. “Com a política [da Caixa] de reduzir os juros, aumenta o lucro e diminui a inadimplência”, afirmou o mandatário.

Ademais, segundo Bolsonaro, o fato de a Caixa ter reduzido as taxas de juros do cheque especial fará com que as outras instituições financeiras acompanhem-a.

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Na última quarta-feira (27), o Banco Central (BC) limitou os juros do cheque especial para 8% ao mês. A medida entrará em vigor no dia 6 de janeiro de 2020.

O BC informou que a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) busca tornar a modalidade “menos agressiva e mais eficiente”. O cheque especial é utilizado, principalmente, por pessoas de classes sociais mais baixas e com menos educação financeira.

Boletim Focus mantém previsão para a Selic

Os especialistas das 100 principais instituições financeiras do mercado brasileiro, que fazem parte da elaboração do Boletim Focus, na publicação desta segunda-feira, mantiveram a estimativa para a taxa básica de juros ao final de 2019.

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Assim como nas últimas cinco semanas, o mercado espera que a Selic ao final deste ano seja de 4,50%. Para o ano que vem, a previsão é de que a taxa também termine o ano em 4,50%.

Além disso, o BC informou que os principais economistas do País esperam um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,22% em 2020. Há quatro semanas, a previsão era de um crescimento de 2,0%.

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A Selic é a taxa que o governo paga quando capta dinheiro emprestado. Ela é conhecida como taxa de juros básica da economia brasileira justamente pois, após definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), funciona como base para para as demais instituições do País quando captam ou emprestam recursos.

Jader Lazarini

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