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Selic, PIB e dólar estáveis e IPCA em alta: veja projeções do Boletim Focus desta semana

Selic, IPCA, câmbio, PIB: Boletim Focus do Banco Central. Foto: iStock

Selic, IPCA, câmbio, PIB: Boletim Focus do Banco Central. Foto: iStock

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,0% pela nona semana seguida. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou os juros de 12,25% para 13,25%. O colegiado reiterou a sinalização de mais uma alta de 1 ponto porcentual, a 14,25%, na reunião seguinte, marcada para a quarta-feira da próxima semana, dia 19.

Considerando apenas as 46 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 também permaneceu em 15,0%.

A mediana para a taxa Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela sexta semana consecutiva. Levando em conta apenas as 45 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 12,50%.

A estimativa intermediária para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela quarta semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 11ª semana consecutiva.

Na ata da reunião de janeiro, o Copom afirmou que a sua decisão foi “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.” O colegiado espera inflação de 5,2% em 2025 e de 4,0% no terceiro trimestre de 2026, o horizonte relevante da política monetária.

IPCA

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 aumentou de 5,65% para 5,68%. A projeção está 1,18 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, estava em 5,58%. Considerando só as 47 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana caiu de 5,61% para 5,60%.

A partir deste ano, a meta passa a ser contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.

Na ata da sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que o cenário para a inflação de curto prazo é adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industriais são pressionados pelo câmbio.

“Em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em 12 meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, disse o BC.

A mediana do Boletim Focus para o IPCA de 2026 permaneceu em 4,40% pela segunda semana consecutiva. Um mês antes, estava em 4,30%. Considerando apenas as 46 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, caiu de 4,40% para 4,26%.

O Copom aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 12,25% para 13,25%, em janeiro. No mesmo encontro, o colegiado sinalizou que vai elevar os juros em mais 1 ponto, a 14,25%, na sua decisão seguinte, marcada para a quarta-feira da próxima semana, dia 19.

O horizonte relevante do BC é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 4,0%, considerando o cenário de referência. A projeção para o IPCA de 2025 é de 5,2%. O balanço de riscos do comitê está assimétrico para cima.

A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0%. Quatro semanas antes, estava em 3,90%. A projeção para o IPCA de 2028 continuou em 3,75%. Um mês antes, era de 3,78%.

PIB

A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 se manteve em 2,01% pela terceira semana seguida. Um mês antes, era de 2,03%. Levando em conta apenas as 41 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 2,01%.

O PIB brasileiro cresceu 0,2% no quarto trimestre do ano passado abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,4%. No acumulado de 2024, a economia teve alta de 3,4%. O carrego estatístico para 2025 é positivo em 0,8%.

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 permaneceu em 1,70% pela quarta semana seguida. Considerando só as 30 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, subiu de 1,65% para 1,70%.

A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu em 2,0%. Um mês antes, era de 1,96%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável pela 52ª semana seguida, em 2,0%.

O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Dólar

A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,99. Um mês antes, estava em R$ 6,00. A estimativa intermediária para 2026 continuou em R$ 6,0 pela oitava semana consecutiva.

A projeção para o fim de 2027 se manteve em R$ 5,90. Quatro semanas antes, estava em R$ 5,93. A estimativa intermediária para o final de 2028 permaneceu em R$ 5,90. Um mês antes, era de R$ 5,99.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.

Com Estadão Conteúdo

O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central. Para a composição do boletim, são utilizadas as projeções dos especialistas das 100 principais instituições ligadas ao mercado financeiro do Brasil para juros, IPCA, câmbio, taxa Selic e outros indicadores.

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