Na próxima quarta-feira (8), o Banco Central vai decidir se mantém a taxa Selic em 6,5%. O Comitê de Política Monetária (Copom) do órgão também pode aumentar ou diminuir a taxa básica de juros da economia brasileira.
De acordo com instituições financeiras, a previsão é para que a taxa Selic permaneça no patamar atual, em 6,5%. A taxa básica de juros se manteve no menor patamar da série histórica, que inciou em 1986.
Isso também por causa de um cenário macroeconômico desafiador, com ritmo fraco de crescimento da economia, elevado desemprego e inflação sob controle.
A Selic serve de referência para os demais juros da economia. Ela é a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.
Metas para a inflação
A principal ação do Banco Central também está ligada ao controle da inflação. Para isso, será utilizado como base um sistema de metas, que funciona da seguinte forma:
- Para 2019, a meta central é deixar a inflação em 4,25%, podendo oscilar entre 2,75% e 5,75%;
- Para 2020, a meta central é de 4%, com intervalos de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
De acordo com as últimas previsões do Boletim Focus, a taxa de juros (Selic) será mantida pelo Banco Central em 6,5% em 2019 e de 7,5% em 2020.
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Confira as previsões do mercado financeiro para os indicadores de 2019 e 2020:
2019
- Produto Interno Bruto (PIB): previsão de crescimento reduzida de 1,95% para 1,71%.
- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): previsão confirmada em 4,01%. A meta central para 2019 será de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
- Taxa Selic: mercado manteve a previsão em 6,5%.
- Dólar: a previsão subiu de R$ 3,70 para R$ 3,75.
- Balança Comercial: o mercado diminuiu levemente a previsão de superávit de US$ 50,14 bilhões para US$ 50 bilhões.
- Investimento estrangeiro direto: as expectativas recuaram de US$ US$ 82 bilhões para US$ 81,89 bilhões.
2020
- PIB: projeção para o PIB reduzida de 2,58% para 2,50%.
- IPCA: mais uma vez, o mercado manteve a projeção em 4%. A meta central para 2020 será também de 4%, com intervalo de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
- Taxa Selic: previsão mantida em 7,5%.
- Dólar: investidores aumentaram previsão de câmbio de R$ 3,78 para R$ 3,80.
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit passou de US$ 46,01 bilhões para US$ 46 bilhões.
- Investimento estrangeiro direto: a projeção dos investimentos passou de R$ 84,36 bilhões para US$ 83,38 bilhões.