Selic: após ata do Copom, expectativa é de alta de 50 pontos-base na próxima reunião

Na manhã desta terça-feira (24), foi divulgada a ata da última reunião do Copom, que elevou a Selic em 25 pontos-base, para 10,75%. E a partir do documento, para o próximo encontro do comitê, os analistas passam a projetar um avanço de 50 pontos-base na taxa.

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XP Investimentos, UBS-BB e Itaú apresentam visões semelhantes sobre a taxa Selic, compartilhando a percepção de um cenário de política monetária mais rígido. Confira as análises a seguir:

XP:

A XP Investimentos acredita que a ata do Copom reforça um tom hawkish, com a necessidade de uma política monetária mais rígida. A casa prevê um aumento de 50 pontos-base nas próximas reuniões, refletindo um cenário doméstico desafiador, com mercado de trabalho robusto, política fiscal expansionista e crédito forte às famílias.

A XP destaca também a deterioração na composição da inflação, especialmente com a desvalorização cambial e condições climáticas adversas afetando bens e alimentos. A instituição mantém sua projeção de Selic terminal em 12%, mas com viés de alta, dada a dificuldade de convergir a inflação para a meta no contexto atual.

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UBS-BB:

O UBS-BB também mantém a expectativa de aumentos de 50 pontos-base nas próximas reuniões, dizendo que o ciclo de alta deve ser gradual inicialmente, mas que pode acelerar com base nos dados. A casa ressalta a presença de um hiato positivo do produto e expectativas inflacionárias desancoradas, tornando a convergência da inflação mais difícil.

Além disso, os analistas destacam que a composição da inflação se deteriorou, mesmo que os números agregados não tenham se desviado tanto das expectativas. A visão geral é de que os riscos à inflação são inclinados para cima, exigindo uma política monetária mais contracionista.

Itaú:

O Itaú enfatiza que a ata traz uma mensagem clara de coerência entre os membros do Copom, com o início gradual do ciclo de aperto e um compromisso com a meta de inflação de 3% sem utilizar a banda de tolerância.

Para a casa, o documento confirma o cenário de hiato positivo do produto e expectativas desancoradas, o que aponta para a necessidade de um aumento de 50 pontos-base na Selic nas próximas reuniões. Assim como os outros bancos, o Itaú reforça o tom rígido da política monetária como resposta aos riscos inflacionários assimétricos.

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Guilherme Serrano

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