Seis estados somam juntos um rombo de R$ 74 bi nas contas públicas

Seis estados iniciam 2019 com um déficit somado de R$ 74 bilhões.

O rombo nas contas públicas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso inclui déficits projetados para 2019 e despesas herdadas de gestões anteriores.

Dos estados citados, apenas Goiás não decretou estado de calamidade financeira neste mandato ou no anterior. Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Roraima entraram na lista em 2019. O Rio de Janeiro é o único em Regime de Recuperação Fiscal oferecido pela União.

“Agora são seis estados, que logo virarão oito, dez, quinze. Todos terão que passar por racionalização dos gastos de pessoal, com revisão de folhas, de plano de carreira, interrupção nas progressões automáticas, eventualmente congelamento de salários”, diz Ana Carla Abrão, sócia da empresa de consultoria Oliver Wyman, em entrevista ao jornal Valor Econômico. “Essas ações podem ser coordenadas pelo governo federal, mas é fundamental que os estados enfrentem o problema”.

Além de terem os maiores rombos, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os estados com maior insuficiência de recursos projetadas para este ano. O governo de Minas calcula um déficit de R$ 11,5 bilhões para 2019. A conta fica ainda mais negativa com o acúmulo de déficits herdados de gestões passadas. Isso inclui repasses pendentes a municípios e o 13º de servidores, que não há previsão de serem acertados. A soma chega a R$ 30 bilhões negativos.

No caso do Rio de Janeiro, os déficits acumulados de anos passados também fazem a diferença. O déficit orçamentário projetado para 2019 é de R$ 8 bilhões. Somado ao acúmulo negativo herdado, de R$ 17,5 bilhões, o rombo atinge R$ 25,5 bilhões.

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O rombo nas contas públicas nos estados

Confira o rombo projetado para 2019:

  • Minas Gerais: R$ 30 bilhões
  • Rio de Janeiro: R$ 25,5 bilhões
  • Goiás: R$ 6,2 bilhões
  • Rio Grande do Norte: R$ 4,4 bilhões
  • Rio Grande do Sul: R$ 4,0 bilhões
  • Mato Grosso: R$ 4,0 bilhões

 

Guilherme Caetano

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