O Banco da Inglaterra (BoE, sigla em inglês), informou nessa quinta-feira (23), que o Reino Unido pode sofrer uma recessão mais rápida e profundo do que qualquer outra já vista, por causa dos efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Entretanto, o Banco da Inglaterra salientou que a crise econômica impulsionada pelas medidas de isolamento social para impedir que o vírus se espalhe ainda mais, não prejudicam a independência da instituição bem como sua meta de inflação anual de aproximadamente 2%.
Um membro do comitê de política monetária da instituição britânica, Gertjan Vlieghe, salientou “é importante não ver a crise econômica causada pela covid-19 como uma inevitável contração temporária com a qual simplesmente temos que conviver”. “É muito mais complexo que isso e, portanto, há uma chance muito maior de responder com políticas proativas”.
Segundo dados da IHS Markit a atividade do Reino Unido apresentou uma queda recorde no mês de abril. A empresa de consultoria acrescentou informando que foi o declínio mais rápido de atividade desde que os dados começaram a ser coletados, a mais de duas décadas.
Atualmente, o Reino Unido faz parte da lista de regiões mais afetadas pelo coronavírus na Europa. A região contabiliza mais de 18,000 mortes apenas em hospitais.
Banco da Inglaterra anuncia operação de recompra reversa
A um mês, o BoE havia anunciado que iria realizar operações emergenciais de recompra reversa de ativos, para garantir a liquidez dos mercados financeiros.
A ação do Banco aconteceu em meio a turbulência nos mercados devido à crise do novo coronavírus
Em vista do cenário contemporâneo, o anúncio foi feito em meio a uma forte demanda dos bancos por liquidez na estrutura de operações de recompra reversa do instituição financeira central.
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Conforme informações do Banco da Inglaterra, a demanda dos bancos foi de 10,66 bilhões de libras (cerca de R$ 63,64 bilhões). Segundo o banco central britânico, a demanda atual supera a oferta disponível de 7,2 bilhões de libras (cerca de R$ 43 bilhões).
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