Mercado

Ibovespa abre semana em queda puxada por CVC (CVCB3)

Eduardo Vargas

16/08/2021 11:08

Atualizado em: 16/08/2021 11:09

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Agência da CVC. Foto: Reprodução Facebook

Digerindo os resultados divulgados na sexta (13), o Ibovespa abre em queda de 1,39% a 119.508 pontos, com as maiores quedas sendo puxadas pela CVC (CVCB3), que divulgou seus resultados recentemente.

O Ibovespa hoje conta com os dados do Boletim Focus, que eleva projeção do IPCA para 7,05% e Selic para 7,50%.

Por outro lado, o documento do Banco Central reduziu o otimismo para o Produto Interno Bruto (PIB). Os especialistas do mercado que participam da pesquisa semanal realizada pelo Banco Central (BC) indicaram um crescimento do PIB de 2,04%. Para 2023 a previsão se manteve estável, com um crescimento de 2,50%.

Além disso, vale frisar que esta semana é de vencimento de opções e também de índice.

No cenário externo, praticamente todas as bolsas abrem em queda. Os indicadores internacionais vieram, em grande medida, negativos, em conjunto com a tensão na política internacional.

“Noticiário dando destaque à divulgação de dados chineses, produção industrial e vendas no varejo, que vieram abaixo do esperado pelo mercado. Além disso, nos EUA, noticiário dando muito destaque à crise no Afeganistão e consequências políticas ao Biden”, analisa a Ativa Investimentos.

Notícias que vão movimentar o Ibovespa hoje

Ultrapar vende Oxiteno
CVC tem queda após balanço
Méliuz tem prejuízo atribuído aos controladores

Ultrapar vende sua empresa de químicos especiais

A Ultrapar (UGPA3) vendeu 100% da Oxiteno, sua empresa de químicos especiais. O acordo foi fechado com o grupo tailandês de produtos químicos, o Indorama Ventures.

O montante da transação é de US$ 1,3 bilhão, segundo informado por ambas companhias nesta segunda-feira (16).

Após a notícia, a Ultrapar sobe 1,65% no Ibovespa hoje.

CVC reduz prejuízo

Em contexto de vacinação e avanço da flexibilização, a CVC (CVCB3) reduziu o prejuízo líquido em 30,4% no segundo trimestre de 2021, como mostra balanço apresentado nesta sexta (13). No acumulado do semestre, o prejuízo diminuiu de R$ 1,403 bilhão para R$ 257 milhões.

O prejuízo da companhia de viagens caiu de R$ 252,129 milhões, apurado entre abril e junho de 2020 –no início da crise sanitária — para R$ 175,570 milhões, registrado no mesmo período deste ano.

Saiba mais

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 130,834 milhões negativos, contra Ebitda também negativo de R$ 164,366 milhões no mesmo período de 2020.

Assim, o mercado digere o balanço da companhia com 5,8% de queda na cotação do Ibovespa hoje.

Méliuz agrava prejuízo

O prejuízo líquido da Méliuz (CASH3) atribuído a controladores foi de R$ 6,692 milhões no segundo trimestre de 2021. O valor representa uma ampliação de 2,95% em relação ao segundo trimestre de 2020, quando o prejuízo foi de R$ 6,5 milhões.

Segundo o resultado, a receita líquida da empresa de cashback foi de R$ 43,401 milhões entre abril e junho de 2021, aumento de 75% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Finalizamos o 2T21 com um GMV (volume de vendas) total de R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 905 milhões referentes ao Brasil e R$ 239 milhões da nossa operação internacional”, diz o relatório trimestral da Méliuz. O valor é 128% superior ao do segundo trimestre de 2020, quando somou R$ 515 milhões.

Contudo, mesmo com esse volume de vendas, a companhia explica que os gastos a mais eram esperados, devido ao processo de novas contratações e investimentos do time de funcionários da empresa.

Com o balanço, a Méliuz cai 10,3%, fora do Índice Bovespa.