O Sberbank, o maior banco russo, apresentou uma queda de 95% nas suas ações na manhã desta quarta-feira (2), na abertura das negociações da bolsa de Londres.
O Sberbank é o maior banco da Rússia e seu controlador é o governo russo, que detém mais de 50% das ações da companhia.
Com o contexto de guerra e conflito armado em território ucraniano, o rublo – moeda oficial russa – já cai mais de 30% e o Sberbank anunciou sua saída dos mercados da Europa após a autoridade monetária, o Banco Central Europeu (BCE), afirmar que o banco e suas subsidiárias na Croácia e na Eslovênia estavam “falindo ou provavelmente falindo”.
Em comunicado, a porta voz do banco, Polina Trizonova, afirmou que a subsidiária da instituição na Suíça não será afetada pela decisão e seguirá funcionando normalmente.
Segundo o BCE, os saques que afetaram o banco eram “resultado do impacto reputacional das tensões geopolíticas” e o Sberbank Europe AG e suas subsidiárias na Croácia e na Eslovênia estavam “em situação de insolvência ou em risco de insolvência devido à deterioração da sua situação de liquidez”.
Além disso, o Conselho Único de Resolução do BCE declarou no mesmo dia a moratória no Sberbank Europe AG, que tem sede em Viena, na Áustria, e possui subsidiárias também na Alemanha, na Bósnia e Herzegovina, na Hungria, na República Tcheca e na Sérvia.
Contudo, as subsidiárias na Croácia e na Eslovênia retomaram as operações nesta quarta, após serem vendidas para o Croatian Postbank
O banco russo atualmente tem clientes em 18 países, incluindo operações na Europa, nos EUA, na Índia e na China. Desde os solavancos de Putin em direção a Kiev, os papéis do banco sangram com novas sanções internacionais.
Sberbank puxa derrocada de ações da Rússia
Outras ações relevantes de empresas russas listadas em Londres também despencam, como Lukoil, Novatek and Rosneft. A Gazprom, gigante do gás natural, despenca 23% e tem negociações travadas na bolsa de Londres.
O índice da Bolsa de Moscou, o MOEX, despencou dos 3,7 mil pontos do fim de janeiro a menos de dois mil pontos nos seus últimos dias – as autoridades russas cessaram as negociações, que não ocorrem desde o dia 25 de fevereiro.
Com o movimento encabeçado pelo Sberbank, a maioria dos papéis russos são negociados a centavos nas bolsas, dando lugar a concorrentes como a Shell e a BP, que sobem cerca de 5% em um dia positivo no FTSE, com alta de 1,36% no intradia.
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