Ao contrário do que foi informado pelos executivos sauditas, a retomada da produção de petróleo da Saudi Aramco pode demorar meses.
De acordo com os executivos da Saudi Aramco, a retomada da produção demoraria no máximo 10 semanas. No entanto, o veículo americano “The Wall Street Journal” apurou que a produção completa demorará meses.
O CEO da petrolífera disse no último sábado (21) que “nem um único envio aos nossos clientes internacionais foi atrasado ou cancelado devido aos ataques”.
Entretanto, os oficiais da Arábia Saudita, desmentem a calmaria que os executivos passam em seus discursos e afirmam que a situação não é “tão bonita” assim.
“Estamos ainda em uma busca frenética por partes da refinaria. Não é tão bom e tão bonito quanto você pode pensar”, disse um dos oficiais ao jornal americano.
Ataque à Arábia Saudita pode aumentar interesse pelo petróleo do Brasil
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, disse na última terça-feira (17) que o ataque ocorrido na Arábia Saudita pode ser positivo para o País.
“A percepção de risco em relação ao Brasil é muito menor. O episódio pode aumentar o interesse pelo petróleo brasileiro, temos leilões importantes para acontecer”, disse Oddone em entrevista à rádio CBN.
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Questionado sobre a possibilidade de reajuste de preços das refinarias e o aumento do valor ao consumidor, o diretor salientou que o Brasil conta com o etanol que é uma alternativa substitutiva do commodity.
“O etanol pode mitigar efeito maior que haja no preço do petróleo. Se o preço sobe muito, incetiva os combustíveis renováveis”, ressaltou Oddone.
Plano de IPO da Saudi Aramco permanece
O plano de abertura de capital (IPO) da maior petrolífera do mundo, Saudi Aramco, permanece como foi desenhado. As autoridades sauditas avaliam que a petroleira continua sendo uma boa aposta.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, salientou que a Saudi Aramco “saiu como uma fênix das cinzas” após os ataques ocorridos no sábado (14). Além disso, o chefe-executivo, Amin Nasser, assegurou aos investidores que a companhia continuava a “mais confiável do mundo”.