A Saraiva (SLED4; SLED3), em recuperação judicial, registrou um prejuízo líquido de R$ 118,2 milhões no segundo trimestre deste ano, esse valor é equivalente aumento de 64% em relação à perda no mesmo período do ano passado.
A receita líquida caiu 80%, em comparação com o segundo trimestre do ano passado, para R$ 27,7 milhões. De acordo com a Saraiva, desse valor total, apenas R$ 4,6 milhões vieram das lojas físicas. Ao todo, são 48 unidades funcionando com horário reduzido. A receita via e-commerce da rede de livrarias totalizou R$ 23 milhões, queda de 56,8%.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em (R$ 30,5 milhões), redução de 45,9%. As despesas operacionais caíram 59,4%, para R$ 41,4 milhões, isso é resultado de medidas como suspensão e redução de jornadas de trabalho.
A dívida líquida ficou em R$ 120 milhões no final do trimestre e o caixa disponível, caixa bloqueado e recebíveis de cartão de crédito era de R$ 39,5 milhões.
Recuperação judicial da Saraiva
Em 2018, o Tribunal de São Paulo aceitou pedido de recuperação judicial da Saraiva. A empresa tinha entrado com um pedido para reestruturar uma dívida no valor de R$ 675 milhões.
No ano passado o plano de recuperação judicial da Saraiva foi homologado pela 2º Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca de São Paulo. De acordo com a rede de livrarias, o pedido foi aprovado no dia 4 de setembro. O valor total da dívida da empresa era de R$ 684 milhões.
A assembleia dos credores da empresa já havia aprovado, no dia 29 de agosto de 2019, o plano de recuperação. Foram 381 votos favoráveis e 57 contrários.
Com a aprovação, a proposta de pagar 5% da dívida total da Saraiva ao longo de 15 anos foi aceita. Os 95% restantes serão pagos por meio da emissão de debêntures, que ocorrerá 16 anos após a homologação do acordo.