A livraria Saraiva registrou prejuízo consolidado de R$ 9,5 milhões em dezembro de 2019. No mesmo período do ano anterior, o prejuízo foi de R$ 146,5 milhões. As informações foram divulgadas pela administradora judicial da companhia nesta terça-feira (11).
A receita líquida da Saraiva foi de R$ 73,5 milhões em dezembro do ano passado. No mesmo período de 2018, a receita foi de R$ 91,5 milhões, portanto, o montante indica queda de 19,7% na comparação anual.
Em contrapartida, a margem bruta avançou 31,8 pontos percentuais no último mês de 2019 em relação ao mesmo período do ano anterior, para 37,3%. Este indicador consiste na divisão entre o lucro bruto pela receita líquida.
As lojas físicas da rede de livrarias foram responsáveis por 76% da receita bruta da empresa em dezembro de 2019. Por outro lado, a loja virtual da companhia contribuiu somente com cerca de 21% da receita.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo em R$ 3,3 milhões. O número também é melhor do que o registrado no mesmo período do ano anterior. Em dezembro de 2018, o indicador foi negativo em R$ 75,6 milhões.
Além disso, as despesas operacionais da empresa em dezembro de 2019 somaram R$ 24 milhões. Na comparação anual, o valor indica queda de 70% ante os R$ 79,8 milhões registrados em dezembro de 2018.
A companhia encerrou 2019 com 73 lojas e 1.832 funcionários. De acordo com o documento, a Saraiva fechou 32 lojas físicas após o pedido de recuperação judicial.
Homologação do plano de recuperação judicial da Saraiva
O plano de recuperação judicial da Saraiva foi homologado pela 2º Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca de São Paulo no dia 4 de setembro do ano passado. Antes disso, a proposta já havia sido aprovada por credores no dia 29 de agosto.
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Na ocasião, a empresa informou que o valor total da dívida que possui é de R$ 684 milhões.
Com a aprovação do pedido de recuperação judicial da Saraiva, a proposta de pagar 5% da dívida total da rede de livrarias ao longo de 15 anos foi aceita. Os 95% restantes serão pagos por meio da emissão de debêntures, que ocorrerá 16 anos após a homologação do acordo.