A Saraiva opera com uma sólida valorização na B3 nesta sexta-feira (30). Os papéis preferenciais da livraria (SLED4) registram uma alta de 6,48% na Bolsa de Valores de São Paulo. Dessa forma, cada título da empresa foi negociado a R$ 2,30 durante esta tarde, por volta das 14h40.
As ações ordinárias da Saraiva (SLED3) também operam em uma alta relevante. Os papéis estão variando positivamente 18,89%, a R$ 7,30.
O avanço nos papéis aconteceu após a assembleia dos credores da Saraiva aprovar, na última quinta-feira (29), o plano de recuperação judicial da empresa. Votaram a favor 381 credores contra 57 contrários.
Sendo assim, a proposta de pagar 5% da dívida da livraria ao longo de 15 anos foi aceita. Em contrapartida, os outros 95% serão pagos em debêntures emitidos 16 anos após a homologação do acordo. O total da dívida da Saraiva é de R$ 684 milhões.
Entretanto, mesmo com a aprovação da assembleia, o plano deverá ser homologado por um juiz, pois a empresa está em recuperação judicial. O prazo para a análise do Judiciário começará a ser contado após a publicação da decisão.
Alta anterior
Depois do pronunciamento da livraria sobre a aprovação da saída do diretor executivo, Jorge Saraiva Neto, as ações ordinárias da livraria registraram alta de mais de 80%.
Enfrentando um impasse em seu novo plano de recuperação judicial, a Saraiva cedeu a pressão de seus credores e aceitou retirar Jorge Neto do seu posto de presidente da varejista de livros na última semana.
Os investidores tem repercutido positivamente a informação divulgada no dia 27 de agosto sobre a substituição do atual presidente da Saraiva.
Recuperação judicial da Saraiva
A Saraiva apresentou um pedido de recuperação judicial em novembro de 2018. Entretanto, a aprovação do projeto de redução das dívidas não foi fácil. Em junho, a rede de livrarias foi forçada a re-elaborar a proposta e reapresentá-la em agosto, por causa do elevado risco de rejeição.