Ações da Saraiva disparam mais de 80% com saída do diretor executivo

Após o pronunciamento da Saraiva sobre a aprovação da saída do diretor executivo, Jorge Saraiva Neto, as ações ordinárias da livraria registraram alta de mais de 80%.

Enfrentando um impasse em seu novo plano de recuperação judicial, a Saraiva cedeu a pressão de seus credores e aceitou retirar Jorge Neto do seu posto de presidente da varejista de livros.

Dessa forma, por volta das 11h40 as ações ordinárias da livraria (SLED3) registravam uma variação positiva de 87,69% sendo cotada a R$ 12,20. Por sua vez, as ações preferenciais (SLED4) variavam 25,81% sendo negociadas a R$3,12.

Os investidores tem repercutido positivamente a informação divulgada na última sexta-feira (27) sobre a substituição do atual presidente da Saraiva.

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Saraiva aprova saída do diretor executivo

Após os credores aprovarem a saída do diretor executivo Jorge Neto, o conselho deverá eleger outra pessoa  para o cargo. Está previsto um novo conselho depois do anúncio oficial do plano de recuperação judicial.

Os credores estavam pressionando a varejista para a saída de Jorge Neto da gestão, desde meados de junho. As dívidas da empresa estão perto dos R$ 675 milhões.

Em junho, a varejista apresentou seu primeiro plano de recuperação judicial. No entanto, o plano foi rejeitado. Neste documento, a Saraiva tinha como objetivo pagar 5% de suas dívidas em 14 anos, após um ano de carência. Dessa forma, os outros 95% ficariam em forma de títulos de dívidas não conversíveis em ações, que seriam pagos em sua totalidade após 16 anos.

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Desse modo, a livraria não tem conseguido obter bons resultados em seus balanços. A varejista de livros terminou o primeiro semestre deste ano com uma baixa de 62,7% em seu faturamento, em comparação com o mesmo período de 2018.

No ano passado a receita bruta dos primeiros seis meses do ano ficou em R$ 1 bilhão. Entretanto, neste ano o valor ficou na casa dos R$ 374 milhões.

De acordo com a Saraiva, a queda pode ser explicada pelo fechamento de lojas e a saída do ramo de informática e telefonia, que gerava bastante capital para a empresa, porém não tinha muita rentabilidade.

Poliana Santos

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