Os saques da caderneta de poupança superaram os depósito em R$ 11,232 bilhões no mês de janeiro. O dado foi revelado pelo Banco Central (BC) nesta quarta (6).
Se contado todo o ano de 2018, os depósitos na poupança superaram os saques em R$ 38,2 bilhões.
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É o quinto ano seguido em que no mês de janeiro há mais saída de recursos da poupança do que entrada. Entre os meses de janeiro, é o mês com maior volume de retirada de recursos desde 2016.
O último ano em que houve mais depósitos do que saques em janeiro foi 2014. Naquele ano, foi depositado R$ 1,743 bilhão a mais do que foi sacado. Nos anos seguintes, o resultado foi de saída líquida em todos eles. O volume de saques chegou ao auge em 2016, ano em que a retirada de dinheiro superou a entrada em R$ 12,031 bilhões.
Captação líquida da poupança em janeiro
- 2014: + R$ 1,743 bilhão
- 2015: – R$ 5,528 bilhões
- 2016: – R$ 12,031 bilhões
- 2017: – R$ 10,735 bilhões
- 2018: – R$ 5,201 bilhões
- 2019: – R$ 11,232 bilhões
Com o resultado negativo, ou seja, mais saída do que entrada de recursos, o estoque da poupança registrou queda no começo deste ano. No fim de dezembro de 2018, o saldo da poupança era de R$ 797,281 bilhões. Um mês depois, o valor estava em R$ 788,988 bilhões.
Os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também entram no cálculo do estoque. Em janeiro de 2019, eles somaram R$ 2,939 bilhões.
A queda na taxa básica de juros (Selic) da economia registrada até março de 2018 tornou a caderneta de poupança menos rentável. A norma em vigor faz com que o rendimento da poupança sofra um corte (ficando limitada a 70% da Selic) sempre que a taxa básica estiver abaixo de 8,5%. Atualmente, como o índice se encontra em 6,5% ao ano, o rendimento da poupança fica em 4,55% ao ano, mais Taxa Referencial.