São Paulo terá 100 milhões de doses da vacina até maio de 2021, diz secretário

Segundo o governo de São Paulo, 100 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) chegarão ao estado até maio de 2021. A declaração foi dada no último domingo (20) pelo secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.

“Em dezembro, serão 46 milhões de doses. Nós teremos até o primeiro trimestre mais 15 milhões, compondo 61 milhões, e até maio nós teremos um total de 100 milhões de doses”, afirmou Gorinchteyn à CNN Brasil. Trata-se da vacina Coronavac, fabricada em parceria junto à Sinovac, farmacêutica chinesa.

Segundo o secretário, a vacinação começará entre dezembro e janeiro, e será realizada em duas doses, atingindo 50 milhões de pessoas por meio de 50 milhões de doses. O medicamento deve ser aplicado, inicialmente, nos grupos prioritários e com maior risco de contaminação em meio à pandemia.

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Além disso, segundo Gorinchteyn, as doses não serão restritas apenas ao estado de São Paulo. “Isso vai ser voltado dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) para todos os brasileiros. É por isso que estamos tendo o apoio do Ministério da Saúde para que possamos vacinar cada vez mais os brasileiros.”

O medicamento está na fase 3 de testes, a última necessária antes de sua aprovação. O governo estadual, no entanto, já garantiu a importação de 46 milhões de doses até o fim deste ano, na esperança de que a vacina, de fato, funcione. Aproximadamente nove mil pessoas são voluntárias nos testes no País. Os resultados oficiais devem ser conhecidos no mês que vem.

Caso os testes tragam respostas positivas, ainda neste ano deve ser iniciada a vacinação em massa. Atualmente, não há nenhuma vacina com resultados conclusivos, embora diversos estudos estejam avançados. Em agosto, a Rússia anunciou oficialmente sua vacina, mas que é questionada pela comunidade internacional e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pfizer amplia estudos da vacina no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, na última sexta-feira (18), que concedeu autorização à farmacêutica americana Pfizer e à sua parceira alemã BioNTech para dobrar o número de voluntários de sua vacina contra o coronavírus no Brasil.

Com isso, o número de participantes dos testes do potencial imunizante da Pfizer sairá de 1 mil para 2 mil no País. Até o momento, os estudos da vacina da empresa acontecem nas capitais dos estados da Bahia e de São Paulo. As regiões de avaliação continuam as mesmas, apesar do aumento do total de voluntários.

Além da ampliação da base de participantes, a Anvisa também autorizou o corte na faixa etária para viabilização, antes fixado no patamar mínimo de 18 anos. Com a mudança, pessoas mais jovens, a partir de 16 anos, poderão participar dos estudos da vacina. As “solicitações para a ampliação do número de voluntários, entre outras alterações, são comuns em testes clínicos”, comunicou a agência.

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Jader Lazarini

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