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Governo de SP pede ao STF que torne obrigatório o passaporte da vacina a viajantes estrangeiros

Uso de máscaras em locais abertos será liberado em São Paulo, João Dória

Governador de São Paulo, João Doria, realiza aumento no limite do prazo eleitoral, que proíbe aumentos 6 meses antes das eleições - Foto: Reprodução Governo do Estado de São Paulo

O Governo do Estado de São Paulo entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que torne obrigatória a a exigência de comprovante de imunização contra a covid-19, o passaporte da vacina, para todos os viajantes que chegarem ao País vindos do exterior.

Segundo informou na tarde desta sexta-feira (10), a Procuradoria Geral do Estado (PGE) irá solicitar que o pedido do Estado seja anexado à ação da Rede Cidadania sobre o tema que já está em curso sobre o passaporte vacinal.

Entre os motivos para a ação, o Estado de São Paulo argumenta que é o principal destino dos voos domésticos e internacionais do Brasil, com os três aeroportos mais movimentados do país – Cumbica, Viracopos e Congonhas -, o maior porto da América Latina e dois terços dos desembarques de voos internacionais.

Em nota, a gestão estadual afirma: “O Governo Federal é o responsável pela vigilância dos portos e aeroportos e a medida [de obrigar o passaporte da vacina] torna-se ainda mais importante diante do cenário de novas variantes[da covid-19], como é o caso da ômicron“.

“Somada a exigência da comprovação de vacinação vinculada ao passaporte, o Comitê Científico do Estado considera fundamental a obrigatoriedade da apresentação de teste PCR negativo válido por 48 horas ou teste antígeno negativo válido por 24 horas”, destaca.

Passaporte da vacina é mais um motivo de disputa entre o governo federal e estadual

Ontem, o governo federal havia publicado portaria em que desobriga os viajantes estrangeiros vindos por transporte aéreo de apresentarem o passaporte da vacina.

No lugar, os entrantes no País poderiam fornecer resultado negativo de exame RT-PCR feito até 72 horas antes do embarque ou de teste de antígeno, 24h antes, além de cumprir quarentena obrigatória de, pelo menos, cinco dias.

Após a medida, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que o passaporte da vacina jamais será exigido no País. “Como eu posso aceitar o cartão vacinal se eu não tomei?”, argumentou.

Segundo mostrou o jornal O Estado de S.Paulo, Bolsonaro reagiu com palavrões à ideia de o passaporte da vacina ser implementado em São Paulo. “Um governador aqui da região Sudeste quer fazer o contrário e ameaça: ‘ninguém vai entrar no meu Estado’. Teu Estado é o cace… porr..!”, afirmou.

 

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