Uruguai, Porto Rico e Argentina são os países que possuem as cidades com melhor qualidade de vida na América Latina e Caribe, informa um relatório da Mercer. A cidade brasileira mais bem colocada foi São Paulo, que ficou à frente de Rio de Janeiro e Brasília.
O ranking da Mercer levou em conta 241 países, avaliando mais de 10 categorias que incluíam: ambiente político, saúde, serviços públicos, transporte e condição social.
Segundo Zulma Santamaria, head de remuneração da Mercer na América Latina, os países sul-americanos não tiveram progressos significativos em questões de saúde e mobilidade, o que fez alguns descessem de posição em comparação com outras regiões.
“A América Latina tem enfrentado mudanças sociais e políticas no último ano, por exemplo, Argentina, Colômbia, Brasil e El Salvador”, disse Santamaria à Bloomberg.
Com isso,as cidades da região aparecem praticamente no fim das cem melhores, sendo as mais bem colocadas:Montevidéu, Uruguai (89º no ranking mundial), San Juan, Porto Rico (92º ) e Buenos Aires, Argentina (100º ).
Em seguida aparecem Cidade do Panamá (103º), Santiago do Chile (104º ) e a brasileira mais bem colocada, São Paulo (108º). Em relatório, a Mercer destaca que São Paulo tem paridade com Nova York em relação à categoria de bens e consumo.
No entanto, comparando as cidades com melhor desempenho em cada região do mundo, as latino-americanas só superam as mais bem posicionadas da África.
Nas primeiras posições da lista estão Viena (Áustria), que manteve o primeiro lugar no ranking de Qualidade de Vida, seguida por Zurique (Suíça), Auckland (Nova Zelândia), Copenhague (Dinamarca) e Genebra (Suíça).
As melhores cidades do Brasil:
Em relatório da Mercer, as principais cidades do Brasil são:
108. São Paulo, Brasil
115. Río de Janeiro, Brasil
119. Brasília, Brasil
São Paulo responde por 9% do PIB brasileiro
Segundo dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). apenas 11 municípios ainda detinham quase um quarto (24,4%) da economia brasileira em 2021. Segundo Instituto, a cidade de São Paulo foi a maior geradora de riqueza, com uma fatia de 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Ainda de acordo com os dados do IBGE, logo atrás de São Paulo aparecem as cidades do Rio de Janeiro (4,0%), Brasília (3,2%), Belo Horizonte (1,2%), Manaus (1,1%), Curitiba (1,1%), Osasco/SP (1,0%), Maricá/RJ (1,0%), Porto Alegre (0,9%), Guarulhos/SP (0,9%) e Fortaleza/CE (0,8%).
“Os resultados do PIB dos Municípios mostram que municípios das capitais e demais agregações municipais de maior participação no PIB brasileiro, por concentrarem as atividades de serviços presenciais, foram os mais afetados pelas medidas restritivas de isolamento decorrentes da pandemia de covid-19, ao longo de 2020, apresentando queda nominal (na atividade econômica), entre 2019 e 2020″, diz o IBGE.
“Estes grupos de municípios, entre 2020 e 2021, tiveram aumento nominal (no PIB); porém, em termos de participação não conseguiram retomar ao patamar de 2019, apesar da recuperação econômica verificada no âmbito nacional e regional, alavancada pelos serviços. Portanto, a tendência de desconcentração econômica municipal identificada ao longo da série histórica e intensificada em 2020, foi mantida”, completa.