São Paulo vai para fase vermelha a partir da próxima segunda

O vice-governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, afirmou em coletiva nesta sexta-feira (9) que o estado deixa a fase emergencial e voltará a partir da próxima semana para a fase vermelha, pelo menos entre o período de 12 a 18 de abril.

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Com isso, as restrições da fase emergencial, imposta no dia 15 de março, são enfraquecidas. Na fase vermelha, é permitido, por exemplo, que o comércio funcione parcialmente, no sistema take away, em que vendedores podem entregar produtos para clientes nas portas das lojas.

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Lojas de materiais de construção, diferentemente da fase emergencial, também podem voltar a abrir. Escolas públicas e particulares estão liberadas a funcionar parcialmente.

Atividades administrativas de setores não essenciais porém, nessa nova fase vermelha, não poderão voltar aos escritórios, por decisão das autoridades, diferentemente do que foi visto na última, em que repartições públicas e serviços como os de telecomunicações podiam funcionar. Bem como as celebrações religiosas, antes permitidas, agora estão proibidas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Atividades esportivas coletivas e o uso de praias e parques estão liberados.

Confira o resumo das mudanças:

  • Liberação das atividades esportivas em grupo e da realização de competição de esportes profissionais
  • Liberação da retirada de produtos em restaurantes e em lojas (incluindo shoppings)
  • Reabertura dos comércios de materiais de construção
  • Reabertura de parques e praias
  • Reabertura das escolas de forma parcial

Segundo o estado, a decisão de retroceder à fase vermelha se justifica principalmente pela ampliação do número de leitos – 6,521 em 90 dias -, pelo avanço da vacinação, com São Paulo batendo recorde nas aplicações, e com as restrições mostrando resultados.

Comentários feitos mais cedo já sugeriam que o governo de São Paulo iria acabar com a fase emergencial: segundo reportagem do jornal Estado de São Paulo, a maioria dos auxiliares do governador João Dória defendia o retrocesso das restrições.

Dória afirmou que seguiria decisão do Comitê de Contingência

O Comitê de Contingência, porém, vinha sinalizando que não apoiava o retrocesso à fase vermellha. Na quarta-feira (7), durante a coletiva, Paulo Menezes, membro do grupo, afirmou que era bem provável que os níveis de restrição continuassem. Na sequência, o governador João Dória afirmou que seguiria a ciência e as decisões dos especialistas. Na noite dessa quinta (8), o Comitê teria recomendado diretamente a Dória que a fase emergencial continuasse.

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Apesar da queda da taxa de ocupação de leitos da UTI, que, após 20 dias, ficou pela primeira vez a um patamar menor do que 90% no estado, os cientistas argumentaram que os números ainda são ainda altos e a que a decisão pode passar a população a percepção de que o pior já passou. Sem falar que, nesta semana, o estado bateu um novo recorde no número de mortos em 24 horas, na terça-feira, (7), com 1.389 vítimas.

Hoje, porém, o que se fala é que o governo estadual optou com a fase vermelha por dar mais esperança e perspectivas para setores fechados, como o comércio. Empresários vinham pressionando o governador nos últimos dias. A Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), por exemplo, subiu o tom nesta semana e falou que Dória age de forma discricionária e que suas ações resultarão em mais desemprego.

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Vitor Azevedo

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