O Santander (SANB11) apresentou, nesta quarta-feira (29), um lucro líquido societário de R$ 2,026 bilhões referente ao segundo trimestre deste ano. O resultado é equivalente a uma baixa de 40,76% frente ao mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de R$ 3,41 bilhões. Em comparação ao primeiro trimestre deste ano, o lucro caiu 46,3%.
O lucro líquido gerencial do Santander, por sua vez, foi de R$ 2,136 bilhões no período entre abril e junho, uma baixa de 41,2% na comparação com o segundo trimestre de 2019 e de 44,6% frente ao primeiro trimestre deste ano.
As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) atingiram R$ 6,534 bilhões — equivalente a uma alta de 90,8% na comparação com o primeiro trimestre, e um avanço de 111,3% na relação com o mesmo período do ano passado.
O índice de inadimplência em 90 dias caiu de 3%, no primeiro trimestre, para 2,4%. No entanto, em função do período de carência de 90 dias para o pagamento das dívidas por parte dos clientes, a inadimplência de empréstimos pode não refletir totalmente potenciais perdas relacionadas à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A margem financeira bruta, no segundo trimestre, atingiu R$ 13,62 bilhões, em comparação a R$ 12,65 bilhões três meses antes. Já o patrimônio líquido do banco, excluindo o saldo do ágio no montante de R$ 1,998 bilhão, totalizou R$ 72,455 bilhões ao fim de junho, um crescimento de 5,4% em 12 meses e de 3,5% frente ao primeiro trimestre.
A carteira de crédito total atingiu R$ 382,877 bilhões, alta de 20,5% em 12 meses (ou de 16,5%, desconsiderando a variação cambial). Em três meses, a carteira de crédito subiu 1,2%, devido aos segmentos de pessoa jurídica. Além disso, segundo dados do Banco Central (BC), a participação de mercado do Santander atingiu 10,6% (+1,1 ponto percentual na comparação anualizada) no fim de maio deste ano.
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O índice de Basileia do banco chegou a 14,4% em junho deste ano, redução de 1,8 ponto percentual em 12 meses, e alta de 0,6 ponto percentul ante o primeiro trimestre. O Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio (ROAE) excluindo o ágio — mas considerando as provisões extraordinárias — caiu 10,3 pontos percentuais em comparação ao primeiro trimestre, indo para 12%.
Além disso, o Santander decidiu suspender o guidance para três anos, o qual havia estabelecido no fim de 2019. De acordo com a instituição, a suspensão das projeções foi estimulada pela incerteza do cenário atual devido à dimensão e duração da pandemia.