O Santander (SANB11) anotou um lucro líquido recorrente de R$ 2,729 bilhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), segundo balanço divulgado na manhã desta quarta-feira (25), antes da abertura do pregão. Com isso, o lucro do banco recuou 12,5% na comparação anual, mas cresceu 18,2% frente ao segundo trimestre do ano.
Já o lucro líquido societário do Santander ficou em R$ 2,644 bilhões entre os meses de julho e setembro deste ano, aumento de 23,1% na base trimestral.
A rentabilidade medida pelo índice de retorno sobre o patrimônio (ROE) do Santander no 2T23 – excluindo ágio – foi de 13,1% ante 11,2% no segundo trimestre, melhora de 1,9 ponto percentual (p.p).
A carteira de crédito do Santander chegou a R$ 625,4 bilhões, aumento de 1,3% no trimestre e alta de 7,9% no ano, com destaque para o crescimento de 1,6% em pessoas físicas e 3,1% em PMEs.
As receitas de serviços e tarifas bancárias alcançaram R$ 1,028 bilhão, alta de 8,3% na comparação anual e aumento de 2,6% na base trimestral, beneficiadas pelo aumento da base de correntistas, principalmente ao PJ, à readequação de tarifas e ao impacto favorável do PIX PJ.
A margem financeira bruta do Santander foi de R$ 13,413 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 6,4% na base anual, mas recuo de 1,2% em relação ao segundo trimestre.
No comunicado de resultados, o diretor-presidente do banco, Mário Leão, disse que no terceiro trimestre, o Santander consolidou sua estratégia com a materialização da qualidade da carteira, evoluindo positivamente os indicadores de inadimplência. “Destacamos o bom crescimento em volumes, principalmente em passivos, impulsionado pela expansão do nosso plano de captações, além da evolução dos negócios estratégicos, que traz perspectiva positiva da margem com clientes”, disse.
Retração na lucratividade do Santander já era esperada, diz analista da Suno
Na visão de José Eduardo Daronco, analista da Suno Research, o Santander divulgou resultados levemente acima das expectativas do mercado, com uma retração já esperada na lucratividade na comparação com o ano passado, diante do contexto mais desafiador vivido. Segundo ele, neste trimestre, foi possível ver a inadimplência arrefecer, ficando em 3% (acima de 90 dias), o que é positivo.
“Acreditamos que o pico de inadimplência ficou para trás, de modo que ela deverá retornar aos patamares históricos nos próximos trimestres, ainda que de maneira gradual. A carteira de crédito do banco cresceu de maneira tímida, principalmente pelo menor apetite à risco do banco. Em nossa visão, à medida que o banco consiga estabilizar os índice de inadimplência, trazendo-os para a média histórica, ele deve voltar a crescer a carteira de crédito”.
Sinais de retomada, mas ROE ainda fraco, diz Genial Investimentos sobre balanço do Santander
Segundo a Genial Investimentos, o lucro líquido do ficou em linha com a média do mercado, mas 6% abaixo das estimativas da casa. Apesar da melhora no lucro, a casa avalia que a rentabilidade do Santander (ROE) continua em patamares fracos frente ao histórico do banco, em apenas 13,1%.
“Por outro lado, vemos sinais positivos nas despesas com provisão, que apresentou a primeira contração anual depois de um bom tempo, e queda na inadimplência acima de 90 dias (-0,3pp t/t), que devem ajudar em maior lucratividade mais à frente”, pontua a gestora.
A Genial Investimentos reiterou sua recomendação para as ações do Santander em ‘manter’, com preço-alvo a R$ 29,40.
Desempenho das ações do Santander
Cotação SANB11