O conselho de administração do banco Santander (SANB11) aprovou ontem (16) o início de um estudo para segregar as participações acionárias do banco na sua subsidiária Getnet Adquirência e Serviços para Meios de Pagamento. Segundo fato relevante divulgado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com a cisão, os acionistas do banco se tornariam acionistas diretos da Getnet, de forma pro rata, com base nas mesmas porcentagens de participação acionária que detêm no banco.
De acordo com o documento divulgado pelo Santander, a entrega de ações/units da Getnet aos acionistas ocorreria depois da concessão de registro de companhia aberta da Getnet pela CVM. Em seguida, as ações/units da Getnet seriam registradas nos termos do Securities Exchange Act nos Estados Unidos.
A outra etapa seria a listagem das ações/units da Getnet no Brasil e a listagem ou cotação dos ADRs (American Depositary Receipts) da Getnet nos Estados Unidos. Finalmente, a operação precisaria da aprovação da potencial cisão pelo Banco Central, informou o Santander.
Santander diz que cisão da Getnet depende de vários fatores
No fato relevante, o Santander destacou que a cisão e as listagens dependem da conclusão do estudo e das aprovações necessárias, incluindo de acionistas e de órgãos reguladores e mercados aplicáveis.
Recentemente, outro grande banco privado informou planos de cindir uma operação para destravar valor. No início de novembro, o Itaú Unibanco (ITUB4) disse que estuda a possibilidade de vender 5% da XP Investimentos na Nasdaq ou em outra bolsa que a corretora brasileira seja listada.
A venda das ações da XP faz parte de uma avaliação interna sobre a possibilidade de cindir a parcela que o Itaú detém na corretora em uma nova empresa. Segundo o banco, a venda dos 5% da XP teria como objetivo monetizar o investimento feito na empresa e melhorar o Índice de Capital Principal de Basileia III.
O Santander vai comunicar o mercado sobre o andamento da cisão da Getnet.
Editora do Suno Notícias desde outubro de 2020, é jornalista formada pela PUC-SP, com pós-graduação em jornalismo literário. Atua no mercado financeiro desde 2003, quando iniciou a carreira no jornal econômico DCI, cobrindo o setor de alimentos no caderno de Indústria. Foi trainee do jornal Valor Econômico, onde atuou no Caderno de Empresas por quase três anos. Lá, cobriu o setor de indústria, com foco em siderurgia, embalagens e aeroespacial. Fez coberturas setoriais em viagens para São José dos Campos e Franca (SP), além de coberturas internacionais na Alemanha e na Suécia. Trabalhou por cinco anos na Agência Estado/Broadcast, do Grupo Estado, onde foi repórter dos setores de mineração e siderurgia, alimentos e bebidas e finanças. Foi premiada como o prêmio Destaque de Reportagem da AE em 2007 e 2008. Além de atuar no serviço de notícias em tempo real, fez participações no caderno de Economia do jornal Estado de S.Paulo e na Rádio Eldorado. Ainda no Grupo Estado, foi editora assistente da editoria Empresas e Setores, atuando com edição e pauta, além de cobrir mercados diariamente com o cenário de bolsa e fazer reportagens especiais com foco em governança corporativa. Trabalhou também como correspondente de finanças no serviço da Thomson Reuters em português por quase um ano. Atuou por cerca de oito anos como jornalista independente, contribuindo para veículos como UOL Economia, Infomoney e Revista Você SA, além de ter trabalhado em projetos na área de conteúdo e comunicação de instituições financeiras como Anbima, Banco BS2, Banco Pine, Itaú BBA e EQI.