O Bradesco BBI, que recomendava a venda das ações do Santander (SANB11), agora passou a sugerir compra para os papéis.
A mudança na tese se dá após o Santander reportar seu resultado melhor do que o esperado e mostrar uma perspectiva de maior rentabilidade aliado a um valuation que o BBI agora considera atrativo.
Com isso, o preço-alvo para SANB11 é de R$ 37, ao passo que os papéis negociam a cerca de R$ 29,60.
Segundo a casa, o banco “empreendeu uma dolorosa, mas necessária, limpeza de seu balanço em 2022/2023”.
Na sua nova avaliação sobre a companhia os analistas levam em consideração um crescimento mais rápido dos empréstimos.
No mesmo sentido, o banco conseguiu melhorar a qualidade dos seus ativos.
“E já vimos sinais de que a estratégia está dando resultado, pois o banco apresentou melhora significativa na rentabilidade no primeiro trimestre de 2024”, diz o BBI.
A expectativa da casa é de que o banco entregue ROEs de 16% e 17,5% em 2024 e 2025, acima da média dos últimos seis trimestres de 11,9%.
Os analistas também elevaram suas projeções para o lucro do Santander, subindo em quase 6% a expectativa para esse ano, para R$ 14 bilhões.
Já a projeção para o ano que vem saltou 8%, para R$ 16,9 bilhões.
Veja o último resultado do Santander
O banco anotou um lucro líquido gerencial de R$ 3,021 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), segundo balanço divulgado na manhã desta terça-feira (30).
Com isso, o lucro do banco cresceu 37,1% frente ao quarto trimestre de 2023 e subiu 41,2% ante o mesmo período de 2023. As ações do banco sobem no Ibovespa.
No 1T24, o lucro líquido contábil do banco ficou em R$ 2,936 bilhões entre os meses de janeiro e março de 2024, aumento de 38,6% na base trimestral e alta de 42,3% em 12 meses.
A rentabilidade medida pelo índice de retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) do banco no 1T24 foi de 14,1%, ante 12,3% no quarto trimestre, melhora de 1,8 ponto percentual (p.p).
A carteira de crédito do Santander ampliada chegou a R$ 654,0 bilhões, aumento de 1,7% no trimestre e alta de 8,1% no ano, com destaque para o crescimento de 7,9% em pessoas físicas e 11,2% em PMEs.
No 1T24 do Santander, a margem financeira bruta ficou em R$ 14,790 bilhões, aumento de 7,3% em relação ao quarto trimestre e de 14,5% na comparação anual.
As despesas gerais do Santander chegaram a R$ 6,297 bilhões no 1T24, aumento de 5% na comparação com o 1T23. Já as despesas de provisão (PDD) caíram 10,7% em um ano, para R$ 6,043 bilhões.
No comunicado de resultados, o diretor-presidente do banco, Mário Leão, disse que no 1T24, o Santander consolidou sua estratégia com uma boa performance.