Santander (SANB11) anuncia compra de 100% da Toro Participações
O Santander Brasil (SANB11) celebrou um contrato para aquisição da totalidade das ações da Toro Participações. Uma vez efetivada a operação, o banco passará a deter indiretamente a titularidade de 100% do capital social da Toro Corretora e da Toro Investimentos.
Segundo o Santander, a conclusão da operação de compra da Toro estará sujeita ao cumprimento de determinadas condições suspensivas usuais em transações similares, incluindo a obtenção das autorizações regulatórias pertinentes.
Criada em 2010 como uma fintech de investimentos e educação financeira, com sede em Belo Horizonte, a Toro recebeu em 2018 as autorizações para atuar como corretora. Além de ser a primeira plataforma brasileira a montar uma estrutura autônoma para transacionar títulos e valores mobiliários, a Toro foi uma das pioneiras na oferta de taxa de corretagem zero aos clientes.
No fim de setembro de 2020, o Santander anunciou a aquisição de 60% de participação no capital social da Toro Controle por meio de sua corretora Pi. A Toro Controle é uma holding que administra a Toro Corretora e a Toro Investimentos. A Pi, por sua vez, foi lançada pelo banco em março de 2019 como uma plataforma aberta de investimentos 100% digital.
No fim de abril de 2021, o banco recebeu a autorização do Banco Central para o início das operações de sua nova plataforma digital de investimentos e educação financeira. Com essa autorização, o Santander anunciou então a criação de sua nova plataforma de investimentos com a fusão de sua marca própria, a PI Investimentos, e a Toro.
Ainda em 2021, em junho, a Toro anunciou a compra das fintechs Mobills e da Monetus.
Santander encolheu lucro em 46% no 1T23
O Santander anotou um lucro líquido de R$ 2,14 bilhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23). Com isso, o lucro do banco encolheu 46% no comparativo em igual etapa do ano anterior.
Apesar disso, o resultado do Santander ficou acima das expectativas do mercado, dada a projeção de R$ 1,9 bilhão do consenso Bloomberg.
Já a rentabilidade medida pelo índice de retorno sobre o patrimônio (ROE) do Santander no 1T23 foi de 10,6%, também acima das projeções do consenso.
O número representa queda de 10,1 pontos percentuais (p.p.) em relação aos primeiros três meses do ano passado. Já no comparativo com o trimestre anterior, houve melhora de 2,2 p.p..
A carteira de crédito do banco chegou a R$ 500 bilhões, mostrando alta de aproximadamente 10%, com 18,8% de crescimento na linha de grandes empresas – a maior variação.
As receitas de serviços e tarifas bancárias saltaram 1,8% na comparação anual, para R$ 4,699 bilhões. De acordo com o balanço do Santander, as receitas de operações de crédito foram as que mais cresceram em relação ao primeiro trimestre de 2022, sendo beneficiadas pelo menor volume de isenções de tarifas no período.
A margem financeira bruta do banco foi de R$ 13,145 bilhões no trimestre, representando uma queda de 6% na base anual.
“Iniciamos 2023 com foco no fortalecimento do nosso balanço. Nossa abordagem de empréstimo seletiva, que adotamos desde o fim do quarto trimestre de 2021, prioriza produtos com garantia e clientes com ratings de crédito mais altos, permitindo um balanço de melhor qualidade. Mesmo com essa seletividade, conseguimos crescer nosso portfólio em áreas estratégicas, principalmente em financiamento de automóveis, consignado e imobiliário, ao mesmo tempo em que melhoramos nossa margem com clientes por meio de uma maior transacionalidade”, disse o presidente do banco, Mário Leão.
Cotação do Santander
Perto das 16h20, as ações do Santander subiam 0,43%, a R$ 30,52. Na semana, os papéis do banco sobem mais de 6%.
Cotação SANB11