Santander (SANB11) sobe no Ibovespa: analistas veem “melhora expressiva” no balanço do 1T24
O Santander (SANB11) anotou um lucro líquido gerencial de R$ 3,021 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), resultando em um ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) de 14,1%. Para os analistas, o resultado obtido foi positivo, com uma melhora expressiva em diversos indicadores. Na tarde desta terça-feira (30), as ações subiram (+2,74%) e lideraram o Ibovespa, cotadas a R$ 28,90.
“O Santander apresentou resultados positivos, superando as nossas estimativas e em linha com o consenso. O banco registrou uma recuperação significativa da margem financeira e reduziu a sua provisão para perdas, retomando o caminho para entregar um ROE superior ao custo de capital (Ke)”, afirma a XP.
Apesar da sazonalidade desafiadora no início do ano, a XP avalia que o banco conseguiu expandir sua carteira de crédito em 2% no primeiro trimestre do Santander em relação ao trimestre anterior e 8% na base anual.
Segundo os analistas, este crescimento do Santander no balanço do 1T24 foi impulsionado principalmente por linhas de crédito sem garantia focadas no financiamento ao consumidor. “A inadimplência acima de 90 dias permaneceu em níveis confortáveis de 3,2%, com ligeiro aumento de 10bps em relação ao trimestre anterior. Prevemos uma reação ligeiramente positiva do mercado, refletindo a retomada do crescimento e da rentabilidade após um quarto trimestre desafiador”, diz a XP.
Para o BB Investimentos, o 1T24 do Santander trouxe como pontos positivos o crescimento da carteira de crédito e da margem financeira. “Quanto à carteira de crédito ampliada, a variação no comparativo anual de 8,1% marca um retorno ao ritmo de crescimento do mercado, algo que o Santander, no auge da desaceleração por conta da escalada da inadimplência em períodos recentes, havia deixado de acompanhar.”
O ROE em 14,1% representa a superação da estimativa de custo de capital próprio (13,9%) do BB Investimentos, dizem os analistas, sinalizando uma tendência mais clara de retorno à rentabilidade.
“A empresa destaca um ímpeto de crescimento em linhas mais rentáveis, viabilizado pelo controle dos índices de qualidade; a intenção de otimizar custos por meio de um novo modelo de atendimento digital; e o aumento de clientes. Esses fatores nos levam a acreditar que os próximos trimestres continuarão a mostrar melhorias já iniciadas”, afirma o BB-BI, que recomenda compra das ações do Santander, com preço-alvo de R$ 34,70 (antes era de R$ 33,40).
Santander: lucro gerencial sobe 41,2% no 1T24
O Santander anotou um lucro líquido gerencial de R$ 3,021 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), segundo balanço divulgado. Com isso, o lucro do banco cresceu 37,1% frente ao quarto trimestre de 2023 e subiu 41,2% ante o mesmo período de 2023.
No 1T24, o lucro líquido contábil do banco ficou em R$ 2,936 bilhões entre os meses de janeiro e março de 2024, aumento de 38,6% na base trimestral e alta de 42,3% em 12 meses.
A rentabilidade medida pelo índice de retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) do banco no 1T24 foi de 14,1%, ante 12,3% no quarto trimestre, melhora de 1,8 ponto percentual (p.p).
A carteira de crédito do Santander ampliada chegou a R$ 654,0 bilhões, aumento de 1,7% no trimestre e alta de 8,1% no ano, com destaque para o crescimento de 7,9% em pessoas físicas e 11,2% em PMEs.
No 1T24 do Santander, a margem financeira bruta ficou em R$ 14,790 bilhões, aumento de 7,3% em relação ao quarto trimestre e de 14,5% na comparação anual.
As despesas gerais do Santander chegaram a R$ 6,297 bilhões no 1T24, aumento de 5% na comparação com o 1T23. Já as despesas de provisão (PDD) caíram 10,7% em um ano, para R$ 6,043 bilhões.
No comunicado de resultados, o diretor-presidente do banco, Mário Leão, disse que no 1T24, o Santander consolidou sua estratégia com uma boa performance.
“Destacamos o bom desempenho em volumes, fundamentado por passivos, pela expansão do nosso plano de captações, além da retomada gradual da dinâmica de negócios, que impulsiona o crescimento do portfólio, beneficiando a margem com clientes e com perspectiva positiva para o ano. A margem de mercados apresenta evolução contínua e já se encontra em patamar positivo, em linha com as expectativas que divulgamos nos trimestres anteriores”.
Santander lucra R$ 9,4 bilhões em 2023, 28% a menos que no ano anterior
O Santander anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 9,383 bilhões em 2023, representando uma queda de 27,7% em relação ao ano anterior. No último trimestre do ano (4T23), o lucro desacelerou para R$ 2,2 bilhões, abaixo das expectativas de R$ 2,87 bilhões. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) foi de 11,8%, comparado a 16,3% em 2022. Os números foram divulgados pela instituição bancária no dia 31 de janeiro deste ano.
A queda nos resultados do Santander é atribuída ao aumento de 7,7% na provisão contra calotes, totalizando R$ 29 bilhões, e ao prejuízo de R$ 3,1 bilhões na margem financeira com o mercado. A estratégia de crescimento seletivo, focada em linhas de crédito mais saudáveis, contribuiu para manter os níveis de inadimplência em 3,1%.
A carteira de crédito do Santander cresceu 5,5%, atingindo R$ 516,6 bilhões, com destaque para o agronegócio, que registrou um aumento de 42%, alcançando R$ 43,7 bilhões. A operação com o varejo massificado é destacada como um ponto a melhorar, e o banco busca reduzir custos oferecendo menos produtos.
Desempenho anual do Santander
Cotação SANB11