Santander (SANB11) fecha em alta após BTG elevar recomendação de ações
Em revisão sobre sua tese do Santander (SANB11), os analistas do BTG elevaram sua recomendação de venda para neutra. O relatório do banco mexeu com as ações, que fecharam em alta de quase 2% nesta sexta (6).
Agora, o preço-alvo das ações da Santander é de R$ 28.
“Desde o final de 2021, o Santander Brasil implementou medidas mais preventivas medidas relativas ao crescimento dos empréstimos e à seletividade dos clientes. Portanto, esperávamos que esse modo de modelo de risk-off impactasse o NII, com as provisões para perdas com empréstimos continuando a apresentar tendência de alta devido ao ciclo de crédito passado, pressionando os ROEs”, disse a casa.
“Esta dinâmica afetou os resultados do banco. Isso, combinado com um aumento acentuado na taxa Selic, prejudicando a margem financeira do mercado, levou o ROE a cair de 20,4% em 2021 para 7,8% no 4T22. Na época, o SANB11 também estava sendo negociado a um preço muito elevado prêmio P/E de 25% sobre o ITUB4, uma avaliação que acreditávamos não ser justificada, levando fazermos o downgrade do SANB11 para venda no início do ano”, completa.
Após isso, segundo o BTG, o desconto em relação ao Itaú diminuiu nos últimos meses.
Além disso, os especialistas acreditam que há maiores chances de uma recuperação um pouco mais rápida (o que ainda não veem no Bradesco).
“Uma reunião recente com o CEO Mario Leão também nos deixou mais confiantes na execução do banco. Esta semana, realizamos nossa Conferência em Nova York, onde tivemos a oportunidade de conhecer com o CEO do Santander Brasil, Mário Leão. A última vez que conversamos foi em uma reunião com um analista sell-side em fevereiro, onde lançou mais luz sobre os próximos passos logo após o banco relatou seus números fracos do 4T22”, explicou o BTG.
Desempenho das ações do Santander
As ações SANB11 subiram 1,7% logo nos primeiros minutos de pregão.
Perto das 12h, os papéis desaceleraram para uma alta de 1,2%. Fecharam com ganhos de 1,91, a R$ 27,19. Desde o início de 2023, os papéis do Santander somam queda de 3,5%.