Santander reduz projeção de alta do PIB de 2,3% para 2% em 2020

O Santander Brasil (SANB11) reduziu suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Segundo o relatório divulgado nesta sexta-feira (14), em 2020 a projeção passou de 2,3% para 2% com os impactos da epidemia de coronavírus.

A instituição financeira reduziu também a previsão de alta do PIB brasileiro no ano passado de 1,2% para 1,1%. A queda foi motivada pelos resultados de atividade econômica do quarto trimestre. Em 2021, a projeção do Santander passou de 3% para 2,5%.

“Os dados de atividade referentes ao quarto trimestre frustraram e o crescimento econômico em 2019 e 2020 deverá ser menor que o esperado em nosso último relatório mensal”, diz o relatório assinado pela economista chefe do banco, Ana Paula Vescovi.

Em contrapartida, o banco salientou que a composição do crescimento da economia interna continua positivo, mesmo com as revisões para baixo. O relatório destaca ainda o otimismo envolvendo o setor privado.

“Apesar das revisões baixistas, entendemos que a composição do crescimento doméstico segue positiva, em particular com a maior participação da demanda do setor privado”, informa o relatório.

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Com a redução, a previsão de avanço econômico do Santander para 2020 é inferior ao estimado pelos economistas consultados pelo Banco Central (BC) para a composição do Boletim Focus, de 2,30% neste ano. Para 2021, entretanto, a projeção também é de 2,5%.

Santander comenta agenda de reformas

Segundo o Santander, poucas propostas de reforma deverão ser aprovadas neste ano.

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“A agenda econômica reformista não será interrompida, mas poucas propostas devem ser aprovadas em 2020, tendo em vista a grande quantidade de Propostas de Emenda Constitucional (PECs) em tramitação no Congresso e o calendário parlamentar abreviado pelas eleições municipais”, destaca o banco.

O Santander informou ainda que o governo deverá aprovar um pacote emergencial de contenção de gastos obrigatórios em 2020. A medida tem como objetivo manter os gastos da União abaixo do teto constitucional.

Giovanna Oliveira

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