Santander reduz projeções de alta do PIB brasileiro em 2020 e 2021

O Santander Brasil (SANB11) reduziu nesta terça-feira (17) suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 e 2021. As diminuições foram motivadas pelos impactos econômicos da pandemia de coronavírus.

De acordo com o economista-chefe do Santander, Mauricio Oreng, a previsão de crescimento do PIB do Brasil em 2020 passou de 2%, da projeção anterior, para 1%. Além disso, a estimativa para 2021 caiu de 2,5% para 2%.

O executivo informou que a instituição financeira prevê contração de 0,2% da economia brasileira no primeiro trimestre deste ano. A queda no segundo trimestre deverá ser ainda mais acentuada, de 0,4%. Por outro lado, a projeção é de avanço de 0,4% e 0,5% para os dois últimos trimestres do ano, respectivamente.

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“Trabalhamos com um cenário onde o impacto do surto começa a dissipar no segundo trimestre. Isso vai ficando mais visível no terceiro trimestre e, no quarto trimestre, voltamos à normalidade”, afirmou Oreng.

Segundo o economista, a desaceleração da demanda global é um dos principais fatores para o recuo da economia do País, visto que afetará as exportações brasileiras.

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Além disso, o executivo salientou que as previsões divulgadas nesta terça podem ser revistas para baixo, conforme os desdobramentos da pandemia. Para 2021, Oreng afirmou que o cenário pode ser um pouco mais otimista, principalmente se a agenda de reformas do governo avançar.

Projeção anterior do Santander para o PIB

O Santander já havia revisado para baixo as projeções para o PIB em 2020 e 2021 no início de fevereiro. Na ocasião, a previsão para este ano passou de 2,3% para 2%. Já a estimativa para o ano que vem caiu de 3% para 2,5%.

Saiba mais: Santander reduz projeção de alta do PIB de 2,3% para 2% em 2020

Quando a projeção anterior foi publicada, o País ainda não contava com nenhum caso de coronavírus. Além disso, os impactos da epidemia na economia global ainda não eram tão alarmantes. Dessa forma, conforme o relatório, a queda aconteceu por conta dos resultados da atividade econômica do Brasil no quarto trimestre do ano passado.

“Apesar das revisões baixistas, entendemos que a composição do crescimento doméstico segue positiva, em particular com a maior participação da demanda do setor privado”, informou o relatório divulgado pelo Santander em fevereiro.

Giovanna Oliveira

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